De acordo com a University College London e divulgado pela Agência Brasil, um novo alerta global sobre o futuro da vida na Terra foi emitido por especialistas durante o Forecasting Healthy Futures Global Summit, realizado no Rio de Janeiro.
O cientista Hugh Montgomery, diretor do Centro de Saúde e Desempenho Humano da universidade britânica, afirmou que o planeta já atravessa um processo de extinção em massa, potencialmente o mais rápido e devastador da história, provocado pela ação humana.
Vale mencionar que a declaração veio acompanhada de dados alarmantes publicados no relatório de 2024 da revista científica The Lancet, que analisa os impactos das mudanças climáticas sobre a saúde global.
Segundo os pesquisadores, se as emissões de gases do efeito estufa não forem drasticamente reduzidas, a Terra poderá atingir um aumento médio de temperatura de até 2,7 °C até o final do século. Tal cenário ampliaria de forma irreversível os riscos de colapso ambiental, ameaçando diretamente a sobrevivência da humanidade.
A sexta extinção em massa pode já estar em curso
Extinções em massa são eventos raros, mas historicamente devastadores. Conforme descrito por especialistas em biodiversidade, esses episódios ocorrem quando a taxa de desaparecimento de espécies ultrapassa significativamente a taxa de surgimento de novas formas de vida.
Um detalhe importante é que a última extinção em massa conhecida ocorreu há cerca de 65 milhões de anos e eliminou os dinossauros após a queda de um asteroide.
Além disso, vale mencionar que a atual extinção em massa tem origem principalmente em fatores antropogênicos. Entre as causas estão a destruição de habitats, a poluição, a exploração excessiva dos recursos naturais e, sobretudo, as mudanças climáticas. Esse processo já tem nome: Extinção do Antropoceno.
Além disso, segundo a Nature Geoscience, diversos modelos climáticos indicam que a perda da biodiversidade e os desequilíbrios ambientais estão acelerando. Eventos como o derretimento das calotas polares e a desaceleração das correntes oceânicas, essenciais para a estabilidade climática, podem levar ao aumento drástico do nível do mar e à intensificação de eventos extremos.
Impactos diretos na saúde e na sobrevivência humana
Outro detalhe importante é que as consequências das mudanças climáticas não se restringem à biodiversidade. Com isso, a saúde humana já começa a sofrer os efeitos da elevação das temperaturas e da poluição atmosférica, com o aumento de doenças respiratórias, cardiovasculares e infecciosas.
Dessa forma, especialistas reforçam que o mundo deve adotar estratégias de mitigação imediata para conter as emissões de carbono. Isso porque apenas medidas de adaptação não serão suficientes diante da velocidade do colapso ambiental previsto.