Como ocorre todos os anos, a revista Forbes divulgou sua tradicional lista de bilionários globais, que revela os nomes mais ricos do planeta.
A edição de 2025 mostra uma leve alta na presença feminina mundial entre os bilionários, mas também uma redução no número de brasileiras no ranking.
Ao todo, entre os 55 bilionários brasileiros, nove mulheres do Brasil conseguiram manter patrimônios acima de US$ 1 bilhão, o mínimo necessário para entrar na contagem oficial da publicação americana.
9 brasileiras que estão na lista de bilionários da Forbes
Essas nove brasileiras representam diferentes setores da economia e carregam sobrenomes ligados a grandes grupos empresariais ou instituições financeiras.
A mulher mais rica do país continua sendo Vicky Safra. Com uma fortuna estimada em US$ 20,7 bilhões, ela lidera o clã que herdou os ativos do banqueiro Joseph Safra, seu marido, falecido em 2020.
A família controla bancos e imóveis em diversos países, e seus filhos gerenciam diferentes frentes dos negócios, que incluem operações no Brasil, Estados Unidos e Suíça.
Outra presença de destaque é Ana Lucia de Mattos Barretto Villela, herdeira de parte da holding Itaúsa, ligada ao Itaú Unibanco. Ela se tornou acionista ainda criança, após perder os pais em um acidente aéreo.
Além do setor bancário, Ana Lucia é conhecida pelo trabalho no terceiro setor, à frente do Instituto Alana, voltado ao desenvolvimento socioambiental e à infância.
A WEG, gigante da indústria de motores elétricos, também aparece fortemente representada. Três mulheres da família Voigt estão na lista: Mariana Voigt Schwartz Gomes, Lívia Voigt e Dora Voigt de Assis.
Mariana, arquiteta de formação, possui uma das maiores fatias individuais da empresa e tem se mantido distante das decisões executivas.
Já Lívia e Dora, irmãs, também são acionistas importantes da multinacional. Nenhuma delas atua diretamente na gestão da WEG, mas a valorização das ações mantém suas fortunas acima de US$ 1 bilhão.
Entre os nomes que construíram sua riqueza do zero, destaca-se Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank. Com US$ 1,4 bilhão, ela é a única da lista que não herdou sua fortuna.
Cristina ajudou a criar uma das fintechs mais valiosas do mundo e detém cerca de 3% das ações do banco digital. Seu patrimônio cresceu com a alta das ações na Bolsa de Nova York e com os lucros bilionários do Nubank no último ano.
Bilionárias da lista incluem donas de empresas de bebidas, indústrias e agricultura
Vera Rechulski Santo Domingo, embora tenha nacionalidade brasileira, faz parte de uma família de bilionários que é uma das mais influentes da América Latina.
Viúva de Julio Mario Santo Domingo Jr., ela detém cerca de 11% da holding familiar que controla ações da Anheuser-Busch InBev e outros investimentos globais, incluindo empresas de bebidas e vinícolas de alto padrão.
Neide Helena de Moraes completa a lista com sua participação no Grupo Votorantim, um dos maiores conglomerados industriais do país.
Ela herdou cerca de 8% da empresa, fundada por seu avô no início do século XX, e viu sua fortuna se manter mesmo diante da desvalorização do real.
Por fim, Lucia Maggi, cofundadora da Amaggi, destaca-se como uma das poucas mulheres da lista que participaram ativamente da criação do império empresarial.
Aos 92 anos, ela permanece como acionista da empresa agroindustrial, uma das maiores do setor no Brasil.
Todas essas mulheres já figuravam no ranking anteriormente. Em 2025, nenhuma brasileira entrou como novidade na lista da Forbes. Pelo contrário, algumas que haviam aparecido em 2024 não conseguiram manter o patamar bilionário neste ano.