Nesta semana, o influenciador digital Felipe Neto mobilizou as redes sociais ao anunciar, por meio de um vídeo publicado na última quinta-feira (3), sua suposta pré-candidatura à Presidência da República nas eleições de 2026.
Vale mencionar que o conteúdo, que rapidamente se tornou viral, levantou debates intensos sobre política, comunicação e o uso estratégico das redes sociais.
Segundo apuração do portal Terra, a assessoria do youtuber confirmou que ele nunca foi filiado a nenhum partido político e que, até o momento, não há qualquer registro oficial de movimentações nesse sentido.
A revelação final, feita já nesta sexta-feira (4), esclareceu que tudo não passou de uma ação de marketing para promover o audiolivro da obra 1984, de George Orwell.
Felipe Neto faz referência ao clássico literário
A encenação de Felipe Neto foi cuidadosamente estruturada com elementos simbólicos. No vídeo, o livro 1984 aparece em destaque ao fundo, remetendo à figura do “Grande Irmão”, conceito central da narrativa distópica criada por Orwell.
A escolha da obra não foi aleatória. Ela trata de uma sociedade constantemente monitorada, com controle absoluto da informação e manipulação das massas, temas que ecoam fortemente nas discussões atuais sobre privacidade digital e o papel das redes sociais.
Vale mencionar que, desde a publicação do vídeo, internautas passaram a questionar se a declaração não seria uma estratégia de autopromoção. A resposta veio no dia seguinte, quando o influenciador admitiu que o objetivo era chamar a atenção para o lançamento do audiolivro, reforçando que as ideias expostas não representavam suas convicções pessoais.
O poder das redes sociais
Outro detalhe importante é a forma como a repercussão do vídeo ilustrou, na prática, o próprio tema que ele buscava criticar: o impacto da comunicação digital na formação da opinião pública.
Com mais de 47 milhões de inscritos em seu canal, Felipe Neto demonstrou como a influência nas plataformas digitais pode gerar engajamento em larga escala, mesmo em assuntos delicados como a política nacional.
Isso porque, em poucas horas, milhares de pessoas passaram a debater a suposta pré-candidatura, destacando tanto a ousadia da ação quanto a preocupação com os limites entre ficção e realidade no ambiente digital.