Às vésperas do Dia do Trabalhador, uma pesquisa da Nexus reacende o debate sobre a carga horária dos brasileiros. Segundo o estudo “Os brasileiros e a jornada de trabalho”, 65% da população apoia a redução da jornada semanal máxima de 44 horas, atualmente prevista por lei.
O apoio à proposta é ainda maior entre os jovens de 16 a 24 anos, atingindo 76%. Entre os desempregados, o índice também é elevado: 73%. A expectativa é de que a redução da carga horária contribua para a criação de novas vagas de emprego, facilitando a entrada de jovens e desempregados no mercado.
O entusiasmo com a mudança diminui com a idade. Entre brasileiros de 25 a 40 anos, 69% apoiam a ideia; entre 41 e 59 anos, 63%. Já entre os com 60 anos ou mais, o apoio cai para 54%, e a rejeição sobe para 34%. Apenas 16% dos jovens se disseram contrários à proposta.
Impacto na qualidade de vida
A jornada de trabalho também é percebida como um fator de bem-estar. Para 65% dos entrevistados, a redução da carga horária seria positiva para a qualidade de vida. Apenas 16% veem a medida como prejudicial, e 15% acreditam que não faria diferença.
A maioria dos brasileiros também associa a redução de dias trabalhados a um aumento de produtividade. Para 55%, trabalhar menos dias por semana, como em uma escala de quatro dias, teria impacto positivo. Entre os jovens, esse número sobe para 67%.
Do ponto de vista social, 45% acreditam que a redução da jornada semanal traria benefícios para o país. No aspecto econômico, 40% veem a proposta como positiva, 27% acreditam que não haveria mudanças, e outros 27% temem efeitos negativos.