Os influenciadores digitais utilizam frequentemente suas redes sociais para divulgar produtos e serviços, geralmente por meio de “publis”, que são anúncios pagos para promover marcas. O grande número de seguidores e páginas verificadas desses influenciadores pode gerar a falsa impressão de confiabilidade, fazendo com que os consumidores acreditem nas recomendações feitas.
Contudo, essa percepção nem sempre reflete a realidade. Empresas fraudulentas frequentemente contratam influenciadores para promover produtos falsificados ou serviços que nunca serão entregues, como aplicativos que prometem uma fonte de renda extra rápida.
Golpes de influenciadores
Segundo Fabio Assolini, diretor da Kaspersky, em entrevista ao Extra, a maioria desses golpes oferece a promessa de lucros rápidos e fáceis, como curtir fotos ou se cadastrar em plataformas, tarefas simples que atraem os seguidores.
- Pagamento inicial para liberar saques ou adquirir moedas virtuais: Golpistas pedem um pagamento inicial para liberar saques ou comprar pontos em plataformas, resultando em perdas financeiras ou roubo de dados pessoais.
- Manipulação de vídeos de ganhos financeiros: Influenciadores podem divulgar vídeos com resultados de ganhos falsificados, enganando seus seguidores. Influenciadores que promovem conteúdo falso assumem o risco de enganar seus seguidores, podendo ser responsabilizados por dolo eventual.
- Uso de produtos populares para fraudes: Golpistas criam sites fraudulentos se passando por lojas legítimas, utilizando produtos em alta, como os copos térmicos da Stanley, para atrair vítimas.
- Golpe de recompensas falsas por avaliações de produtos: Golpistas oferecem recompensas por avaliações de produtos, mas as vítimas pagam para acessar plataformas que não entregam o prometido.
- Anúncios fraudulentos de benefícios sociais: Golpes oferecem agilidade no saque de benefícios sociais, como o FGTS, mediante pagamento, quando o acesso é gratuito e deve ser feito por canais oficiais.
- Rifas virtuais ilegais promovidas por influenciadores: Rifas não registradas no Ministério da Fazenda, promovidas por influenciadores, são ilegais e configuram contravenções.
Se o consumidor perceber que foi vítima de um golpe, é importante registrar uma queixa na polícia. Para se proteger desses tipos de fraude, é essencial conferir a veracidade dos sites e evitar fazer transações ou compartilhar informações pessoais em plataformas inseguras. Também é recomendável verificar a reputação das empresas antes de realizar qualquer pagamento ou cadastro.