Aos 94 anos, o investidor Warren Buffett anunciou oficialmente que deixará o cargo de CEO da Berkshire Hathaway ao fim de 2025, após mais de seis décadas transformando o mercado financeiro global.
Vale mencionar que a revelação foi feita durante a reunião anual da empresa, realizada em 3 de maio, e posteriormente confirmada pela companhia, encerrando uma trajetória única no mundo dos negócios.
Atualmente listado como o quinto homem mais rico do mundo, com uma fortuna de US$ 166,4 bilhões, segundo a Forbes, Buffett deixa um legado que vai além dos números. Ele tornou-se uma das figuras mais influentes da economia americana, moldando uma filosofia de investimento centrada na simplicidade, disciplina e visão de longo prazo.
A transformação da Berkshire Hathaway
Buffett assumiu o controle da Berkshire Hathaway em 1965, quando a empresa ainda era uma fabricante têxtil em crise. A partir de então, reestruturou o negócio como um conglomerado de investimentos, adotando uma estratégia baseada em aquisições sólidas e no uso inteligente do “float” das seguradoras, capital disponível antes do pagamento de sinistros.
Dessa forma, construiu um portfólio que inclui empresas como a seguradora Geico, a fabricante de baterias Duracell, a rede Dairy Queen, além de ações expressivas em gigantes como Apple (US$ 135 bilhões), Bank of America (US$ 35 bilhões), Coca-Cola (US$ 25 bilhões) e American Express (US$ 28 bilhões).
Vale mencionar que praticamente toda a fortuna de Buffett está concentrada em ações da própria Berkshire. Apesar da riqueza acumulada, manteve um estilo de vida modesto: vive na mesma casa em Omaha desde 1958 e nunca demonstrou interesse por bens de luxo.
Legado social do 5º homem mais rico do mundo
Outro detalhe importante é o compromisso filantrópico de Buffett. Ele já doou cerca de US$ 60 bilhões, a maior parte em ações da Berkshire, para fundações como a Bill & Melinda Gates Foundation.
Em 2010, lançou o movimento Giving Pledge, que convida bilionários a destinarem pelo menos metade de suas fortunas à filantropia. No caso de Buffett, a meta é doar 99% de seus bens.
É importante mencionar que, mesmo aos 94 anos, o investidor manteve sua voz ativa em temas de interesse público. Defensor da taxação de grandes fortunas, criticou recentemente tarifas protecionistas nos EUA, ressaltando a importância de um mercado aberto para a prosperidade do país.