Com o mês de maio já em andamento desde a semana passada, muitos trabalhadores com carteira assinada começam a fazer as contas: afinal, quando exatamente cai o tão aguardado 5º dia útil, data em que, por lei, o salário deve estar na conta?
Este ano, o mês começou com o feriado nacional do Dia do Trabalhador, e isso tem gerado confusão sobre o calendário de pagamentos.
5º dia útil de maio está mais perto do que imagina
Inicialmente, vale explicar que o dia primeiro de maio, comemorado na quinta-feira passada, foi um feriado. Com isso, alguns trabalhadores acreditam que o 5º dia útil do mês será na quarta-feira, 8 de maio.
Porém, essa conta costuma desconsiderar um detalhe importante: o sábado. Apesar de muitas empresas não funcionarem aos sábados, a legislação brasileira considera o dia como útil. Isso altera a contagem e antecipa o prazo.
De acordo com o artigo 459 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o salário deve ser pago até o quinto dia útil do mês seguinte ao trabalhado. E sim, sábados entram nessa conta.
Assim, para fins legais, os dias úteis de maio são: 2 (quinta), 3 (sexta), 4 (sábado), 6 (segunda) e 7 (terça). Ou seja, o 5º dia útil é amanhã, terça-feira, 7 de maio.
E mesmo que a empresa não tenha expediente no sábado, ela deve garantir que o pagamento esteja disponível até esse prazo final — antecipando, se necessário.
Caso o salário não seja depositado até essa data, o empregador pode ser penalizado por descumprimento das normas trabalhistas.
A regra vale inclusive para pagamentos via transferência bancária: o valor precisa estar acessível ao trabalhador até o 5º dia útil, não apenas agendado.
Além do 5º dia útil amanhã, outra boa notícia para os trabalhadores
Além da expectativa pelo depósito dos pagamentos de maio amanhã, o 5º dia útil, os trabalhadores também receberam recentemente uma projeção animadora: o salário mínimo nacional, atualmente fixado em R$ 1.518, pode chegar a R$ 1.925 até 2029.
A estimativa, divulgada pelo governo no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026, considera o controle da inflação e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
Se confirmada, a valorização do mínimo terá reflexo direto não só para trabalhadores da base, mas também para aposentadorias, pensões, abonos e programas sociais como o Bolsa Família.
Ainda que o valor final dependa de diversos fatores econômicos, o plano reforça o compromisso do governo com o aumento real da renda da população.