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300 mil trabalhadores domésticos ficam sem carteira assinada

Por Leticia Florenço
19/05/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Louça - Reprodução/iStock

Louça - Reprodução/iStock

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Nos últimos dez anos, o trabalho doméstico formal no Brasil enfrentou uma redução significativa. Segundo dados recentes do Sumário Executivo da RAIS/eSocial, divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o número de trabalhadores domésticos com carteira assinada caiu 18,1% entre 2015 e 2024.

Historicamente, o trabalho doméstico no Brasil sempre foi marcado por alta informalidade, com baixos níveis de proteção social e uma forte presença de desigualdades de gênero e raça.

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As mulheres, especialmente negras, compõem a maior parte dessa força de trabalho. As mudanças ocorridas nas últimas décadas trouxeram avanços, como o reconhecimento dos direitos trabalhistas e a possibilidade de registro formal, mas ainda persistem muitos desafios.

Queda na formalização

  • De 1,64 milhão para 1,34 milhão: Entre 2015 e 2024, o número de trabalhadores domésticos formais caiu cerca de 300 mil.
  • Redução percentual de 18,1%: Essa queda reflete mudanças no mercado e nas dinâmicas sociais e econômicas.
  • Distribuição regional: Quedas acentuadas ocorreram em estados como Rio Grande do Sul (-27,1%), Rio de Janeiro (-26,1%) e São Paulo (-21,7%), enquanto Roraima, Tocantins e Mato Grosso tiveram crescimento.

Fatores que explicam a redução dos vínculos formais

  • Mudanças demográficas: Envelhecimento da população, diminuição do número de filhos e redução do tamanho das famílias levam a menor demanda por serviços domésticos formais.
  • Aumento da contratação de diaristas: Muitas famílias optam por contratar trabalhadores diaristas, que não têm vínculo fixo, para evitar encargos trabalhistas como FGTS e contribuição previdenciária.
  • Impactos da pandemia de Covid-19: O isolamento social e a crise econômica fizeram com que muitas empregadas domésticas formais perdessem seus empregos e migrassem para o trabalho informal ou para o regime MEI (Microempreendedor Individual).

Perfil dos trabalhadores domésticos formais em 2024

  • Gênero e raça: 89% dos trabalhadores formais são mulheres, e 54,4% são negras (pretas e pardas).
  • Envelhecimento: 45% têm 50 anos ou mais, mostrando um envelhecimento acelerado da categoria.
  • Escolaridade: Avanço significativo, com aumento de trabalhadoras com ensino médio completo (de 28,5% para 40,9%) e crescimento de 70,8% no ensino superior completo.
  • Funções desempenhadas: Predominância em serviços gerais (76,8%), seguidos por babás (9,1%) e cuidadoras de idosos (5,8%).
  • Carga horária e remuneração: A média semanal de trabalho é de 40,6 horas, com remuneração média aumentando em termos reais para R$ 1.875,87.

Recomendações para o futuro do trabalho doméstico

É urgente implementar políticas que garantam melhores condições, maior proteção social e valorização salarial no setor. A Inspeção do Trabalho deve intensificar ações para combater a informalidade e promover o reconhecimento do trabalho doméstico como atividade essencial.

Investir na capacitação e formação dos trabalhadores para melhorar o acesso a oportunidades e ampliar o reconhecimento profissional. Focar em ações que combatam as desigualdades de gênero e raça, reforçando a dignidade do trabalho doméstico.

O desafio do Brasil será equilibrar modernização, proteção social e valorização do trabalho doméstico para garantir direitos e dignidade a milhões de pessoas que sustentam o funcionamento das famílias e da sociedade.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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