Nos últimos anos, dois nomes conhecidos do mercado financeiro brasileiro — os bancos BRK Financeira e PortoCred — deixaram de operar após decretos de falência.
A decisão, conduzida pelo Banco Central (BC), teve grande repercussão entre investidores e correntistas, que agora enfrentam a necessidade de buscar orientações oficiais para reaver seus valores aplicados nas instituições.
O BC, junto ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC), passou a divulgar diretrizes para que os afetados possam receber os valores devidos de forma segura.
2 bancos foram à falência e Banco Central convocou todos clientes
A falência da BRK e da PortoCred não foi um evento repentino. As duas instituições vinham acumulando problemas graves de gestão, descumprimentos regulatórios e fragilidade financeira.
A BRK, em especial, teve sua liquidação extrajudicial decretada em fevereiro de 2023, após sucessivas irregularidades e desequilíbrios entre ativos e passivos.
As investigações apontaram que os recursos da financeira estavam longe de cobrir suas dívidas, o que levou a Justiça paulista a formalizar a falência.
A PortoCred, por sua vez, seguiu um caminho semelhante no mesmo período, também sob intervenção do Banco Central. Em ambas as situações, a falência foi considerada inevitável pela ausência de condições mínimas de recuperação.
Diante do colapso das duas instituições, o Banco Central e o FGC passaram a orientar os clientes prejudicados sobre como proceder.
Segundo as regras do sistema financeiro nacional, o FGC garante até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ em caso de quebra de bancos ou financeiras.
Esse seguro cobre aplicações como contas correntes, poupança, CDBs, RDBs, LCIs e LCAs. No entanto, para acessar o reembolso, é preciso que o cliente tome a iniciativa de solicitar o valor ao fundo.
Clientes dos bancos falidos podem solicitar saque do FGC
O processo de solicitação ocorre via aplicativo oficial do FGC. O credor deve enviar uma cópia de um documento com foto, como RG ou CNH, além de informar os dados bancários para depósito.
Após a conferência das informações e a assinatura digital do termo de recebimento, o pagamento é liberado em até dois dias úteis diretamente na conta informada.
Mais de um ano após a liquidação, ainda existem milhares de credores — especialmente da BRK — que não requisitaram seus valores.
O FGC estima que cerca de R$ 2,2 bilhões devam ser pagos, mas parte significativa permanece sem movimentação, o que motivou o alerta do Banco Central para que todos os clientes busquem seus direitos.