O advogado que representa a sino-indonésia Paper Excellence nos temas criminais e seu colega que defende o árbitro Anderson Schreiber em um inquérito policial foram vistos almoçando juntos no restaurante Xian, no último dia 13, no Rio de Janeiro. Rogério Taffarello, que defende a Paper pelo escritório Mattos Filho, e Diogo Malan, patrono de Schreiber pela banca Mirza e Malan, foram flagrados por uma fonte da Coluna. Schreiber foi julgador da arbitragem da Paper contra a J&F no caso Eldorado, que deu vitória à empresa estrangeira. Ele responde a um inquérito por suspeita de falsidade ideológica tanto no caso Eldorado quanto em arbitragem movida contra a Petrobras. A Paper não é parte nesse inquérito. Ambos responderam contato da reportagem. Malan diz que é amigo de Tafarello há 15 anos e conversaram amenidades. E Tafarello informou que a pauta do almoço foi um projeto editorial a convite do amigo.
Alvejado
Parlamentares e dirigentes de partidos governistas alvejam e colocam na conta do ministro da Defesa, José Múcio, o veto às homenagens às vítimas da Ditadura nos 60 anos do golpe militar. Ele tem dito que seguiu orientação do presidente Lula da Silva. Um nome defendido para o lugar de Múcio é o do senador Jaques Wagner (PT-BA), que chefiou a pasta no governo Dilma.
Recado discreto
A foto dos governadores Tarcísio de Freitas (SP) e Ronaldo Caiado (GO) com o premiê israelense Benjamin Netanyahu é a pura imagem de um recado eleitoral discreto: ao passo que se solidarizam com as famílias vítimas do terrorismo, vão passar o chapéu entre banqueiros judeus brasileiros nas futuras campanhas de 2026. Tarcísio, à reeleição, e Caiado, potencial candidato a presidente.
Reconquista de França
Após cobranças do presidente Lula da Silva, ministros começaram a se mexer. Márcio França (Empreendedorismo) já azeitou com a Fazenda e o Congresso o envio, nos próximos dias, conforme apuração da Coluna, da MP da Reconquista, para liberar crédito para MEIs e pequenos empreendedores e renegociar dívidas para pessoas jurídicas, nos moldes do Desenrola.
Cerco eleitoral
Se aprovado, o novo Código Eleitoral vai endurecer regras para pesquisas eleitorais. Umas das exigências será a divulgação do percentual de acertos das sondagens do pleito anterior comparado ao resultado oficial. “Se teve uma disparidade, o instituto não merece crédito; se teve proximidade, merece crédito”, justifica relator, senador Marcelo Castro (MDB-PI).
De costas
Além dos salgados preços dos ingressos – R$ 350,00, R$ 2 mil e R$ 5 mil -, o ostentoso banquete da festa de 44 anos do PT, em Brasília, reservou momentos insossos. Teve quem esperou mais de 30 minutos para tirar uma foto com a primeira-dama Janja. Em vão: além de sentar de costas, ela levantou, fez breve aceno e foi embora do evento. Não foi só Janja que desagradou.