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Aperto em Múcio

Leandro Mazzini nova
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A revelação do ministro da Defesa, num discurso público, de que o Governo Federal rejeitou por motivos político-ideológicos um contrato com uma empresa de Israel que venceu licitação, já rende polêmica no Congresso Nacional. Na Câmara dos Deputados, Marcos Pollon (PL-MS) pede a convocação do chanceler Mauro Vieira para explicar a denúncia de Múcio. A licitação trata de compra de 36 blindados para o Exército. O General Pazuello (PL-RJ) quer a convocação também do assessor especial da Presidência Celso Amorim. Alfredo Gaspar (UNIÃO-AL) apresentou três requerimentos para que Amorim, Vieira e Múcio esclareçam o impacto de questões ideológicas nas relações diplomáticas entre Brasil e Israel. A blindagem aos expoentes governistas começou. As bancadas do PT e PSOL estão fechadas para defesa do trio.

Voto a voto

O presidente Lula da Silva deve aparecer hoje num comício de Caetano, candidato do PT a prefeito de Camaçari, região metropolitana de Salvador. Mas o que Lula foi fazer lá? Além de cidade mais rica do Estado após a capital, a disputa esta voto a voto. Caetano, com 49,52% (77.926), foi para o 2º turno com apenas 559 votos de diferença contra Flávio (União), que alcançou 49,17% (77.367), apoiado por ACM Neto.

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Surpresa geral

O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) surpreendeu ao aparecer abraçado em Lula no Palácio. O bolsonarista chamado de traidor pela militância do ex-presidente tem seus motivos. Foi barrado pelo clã na disputa pela prefeitura do Rio e agora mira o Senado. Foi ele quem capitaneou um grupo de evangélicos no Planalto, na terça. Das duas, uma: Ou quer chamar atenção de Bolsonaro, ou mudou de vez a cor da gravata.

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Aliado é pra isso

Não durou nem um dia a pauta da Comissão de Relações Exteriores do Senado prevendo audiência com o chanceler Mauro Vieira para explicar posições do Brasil em sobre a eleição na Venezuela. Por decisão do presidente da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), aliado do Governo, a reunião foi cancelada sem nova data. Aliás, a última sessão da Comissão deu-se no longínquo 15 de agosto, com acanhado Celso Amorim.

As escolhidas

Maria Izabel Vieira, atual cônsul-geral do Brasil em Houston, nos Estados Unidos, foi indicada para chefiar a Embaixada do Brasil na Eslovênia. Ela aguarda, agora, a benevolência de Renan Calheiros (ele de novo) para ser sabatinada. Outras duas escolhidas estão na fila: Gilda Neves, para a Turquia, e Daniella César, para o Senegal.

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Cadê tu?

Sete requerimentos de convite ao ministro Ricardo Lewandowski foram aprovados pela Comissão de Segurança Pública da Câmara. Ele pode ir, mas também pode ignorar, como têm feito vários ministros do Governo. Os deputados querem interpelar o ministro sobre questionário submetido a agentes da Polícia Rodoviária Federal sobre a identidade e afinidade partidária dos agentes da corporação e o escândalo Silvio de Almeida.

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