O Partido Liberal faz amanhã uma grande reunião em Brasília para tentar salvar Jair Bolsonaro e o legado do bolsonarismo – movimento político que começou em 2018 e o levou à Presidência. O manda-chuva do partido, Valdemar Costa Neto, convocou as bancadas federal e estaduais, governadores e quem mais puder comparecer a Brasília amanhã para um evento de apoio ao ex-presidente. A pauta não ficou clara no convite, mas indica assuntos de interesse geral do partido. O PL quer traçar uma estratégia para viagens de Bolsonaro por capitais para lançar nomes pontências às Prefeituras.
Davi voltando
O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) está praticamente eleito para voltar à Presidência da Casa em 2025. Ele já fechou acordos com caciques importantes do plenário? E qual o segredo? Enquanto presidente, ele distribuiu muito mais cargos que os antecessores para uma frente suprapartidária, da esquerda à direita. E Rodrigo Pacheco ajudou ao não desfazer nada e manter os acordos.
Olho vivo
O senador Renan Calheiros está atrás de informações da situação na Braskem com a Tenenge, empresa da família Odebrecht contratada para serviços – um funcionário que morreu na explosão era da Tenenge. Foi surpresa para alguns conselheiros novos da Petrobras saber que a empresa é da família, enquanto a Novonor, novo nome da Odebrecht, está em recuperação judicial contando centavos na conta. A Tenenge informa que há 20 anos presta serviços para Copene, Copesul e outras empresas.
Fundo contra câncer
A comissão especial da Câmara para acompanhamento do câncer no Brasil quer criar um fundo específico no Orçamento para financiar a ampliação do tratamento da doença na rede pública de saúde. O câncer já é a segunda doença que mais mata no país, atrás de doenças cardíacas. Em 111 municípios de Minas o câncer já é a doença que mais mata.
Efeito colateral
Vários governadores passaram o dia em Brasília tentando evitar que a Reforma Tributária acabe com a autonomia de cada Estado de legislar sobre assuntos tributários. A criação do Imposto sobre Valor Agregado previsto no relatório do arcabouço fiscal do deputado Aguinaldo Ribeiro é incompatível com a criação de impostos estaduais.
Atrás da isenção
Os governadores de Estados produtores de grãos, prioritariamente para exportação e principalmente do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, buscam o apoio da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) para tentar manter os incentivos às exportações que a proposta de Reforma Tributária extingue.