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Sobre detetives, touchdowns e cavalos

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Oi, gente.

Não sei quanto a vocês, ah migos e ah migas, mas esse esquema de temporadas curtas, que não passam de 12 episódios, é uma belezinha para quem sonha em assistir a todos os programas legais do nosso universo – ainda mais se for pelo Netflix, que disponibiliza tudo de uma vez e permite aquela maratona esperta para os mais fortes. Foi assim que precisei de menos de um mês para fechar as segundas temporadas de “True detective”, “BoJack Horseman” e a estreia de “Ballers”.

O segundo ano de “True detective”, coitado, carregou o insustentável peso de ter que ser tão sensacional, acachapante e inesquecível quanto o primeiro, em que Matthew McConaughey e Woody Harrelson chutaram todos os traseiros possíveis nos papéis de Rusty Cohle e Marty Hart. E é claro que não dava para igualar o inigualável, então muita gente reclamou que a história era outra, Cohle e Hart não apareciam etc. etc. etc. e, por essas e outras, muitos se recusaram a assistir (caso da Leitora Mais Crítica da Coluna)…

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…E perderam uma segunda temporada que foi bem legal. Dentro do esquema de antologia da atração, o novo “True detective” mantinha seus encantos: os protagonistas que carregam todas as dores do mundo, os fracassos, a sensação de que estão ferrados mesmo, uma história interessante, a investigação de um crime com direito a bela reviravolta no final. Defeitos? Alguns, entre eles ter muita subtrama para apenas oito episódios, deixando várias perguntas sem resposta.

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Para quem gosta de futebol americano, “Ballers” foi um bom aquecimento enquanto a temporada da NFL não começa. Dwayne Johnson, nosso querido The Rock, é o ex-jogador Spencer Strasmore, que torrou toda a grana após se aposentar e precisa arrumar algo para fazer. Ele começa a trabalhar em uma empresa para agenciar atletas da NFL e precisa lidar com jogadores problemáticos, em busca de uma nova chance ou que se acham o último biscoito do pacote. Mesmo evitando temas mais complicados (doping etc.), “Ballers” é uma série boa de assistir e ainda conta com participações especiais de jogadores como Victor Cruz, Jason Pierre-Paul e Terrell Suggs, entre tantos outros.

Para fechar, a série mais legal das três. “BoJack Horseman” segue mostrando as desventuras do nosso querido cavalo antropomórfico que fez sucesso nos anos 90 com sua série no estilo “Cosby show” e que, depois disso, caiu no ostracismo. O segundo ano da animação mostra o personagem voltando à celebridade após o sucesso de sua biografia e envolvido com o cinema, sem se esquecer de tramas influenciadas pela nova fase de sua vida e personagens como a Princesa Carolyn, Diane, Todd e Mr. Peanutbutter. Oscilando entre o dramático, nonsense, sarcasmo, as referências/homenagens, a ironia e a comédia sem limites, “BoJack Horseman” mais que justifica a razão de ser do Netflix em episódios como “Chickens”, “Let’s find out” e “Escape from L.A.”.

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Acabou o milho, acabou a pipoca. Vida longa e próspera. E obrigado pelos peixes.

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