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‘The americans’, a melhor série da sua televisão

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Oi, gente.

O ah migo leitor e a ah miga leitora que acompanham a coluna já conhecem o meu amor por “The americans”, a melhor série daquilo que era conhecido como televisão e que por aqui passa praticamente escondida, como se a Fox tivesse vergonha de oferecer ao público um produto tão bom. Ela faz parte de um dos canais do pacote Fox+, que ninguém sabe muito bem como contratar e muito menos quais operadoras oferecem o serviço.

O que é uma pena, porque a quarta temporada foi simplesmente sensacional, confirmando que o programa criado por Joe Weisberg (um ex-agente da CIA) só melhora com o passar do tempo – tanto que enfim recebeu as merecidas indicações ao Emmy, concorrendo em quatro categorias (série dramática, ator, atriz e atriz convidada em série dramática). Para quem ainda não conhece, “The americans” é situada nos anos 80 e tem como personagens principais dois espiões da antiga União Soviética que se infiltraram nos Estados Unidos durante os anos 60, vivendo como um típico casal americano (casa hipotecada, filhos, etc.) enquanto realiza serviços de todo tipo para a KGB, desde escutas telefônicas, chantagens, sequestros, assassinatos, cooptação de novos agentes infiltrados; até casamento com outras pessoas por meio de falsas identidades eles se dispõem a fazer em nome da Mãe Rússia. Tudo inspirado em fatos reais, quando espiões russos infiltrados foram descobertos nos EUA poucos anos atrás.

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Pois tantas missões perigosas, tantas mentiras, começam a cobrar seu preço, e este é o principal gancho da quarta temporada, junto à paranoia da ameaça de uma guerra biológica. Ao final do terceiro ano o casal Phillip (Matthew Rhys) e Elizabeth Jennings (Keri Russell) contou à filha mais velha, Page (Holly Taylor), a origem dos dois, após a adolescente desconfiar dos constantes sumiços dos pais, principalmente à noite. A guria, que já estava participando de uma denominação religiosa, tem dificuldades de aceitar a revelação e conta a história para o pastor de sua congregação; para piorar, a KGB quer que a menina comece a ser treinada como uma futura agente. Quando o pastor desaparece durante uma viagem à África, a situação fica ainda mais tensa.

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Ao mesmo tempo, Phillip precisa se preocupar com o destino de Martha (Alison Wright), secretária do FBI com quem se casou utilizando identidade falsa e que está sob suspeita de seus colegas no bureau, principalmente Stan Beeman (Noah Emmerich), que por essas coincidências da vida (pelo menos na TV) é vizinho do casal de espiões. O FBI, aliás, está cada vez mais próximo de desvendar as atividades da dupla à medida que vai ligando as pontas inevitavelmente soltas. A temporada também mostra o que aconteceu com Nina Sergeevna (Annet Mahendru), que trabalhava na Residentura (embaixada da URSS) e foi presa pelos soviéticos suspeita de traição.

E ainda tivemos o arco da Guerra Fria biológica, presente em toda a temporada e que ofereceu alguns dos melhores momentos do quarto ano – e que não foram poucos, incluindo mortes de deixar o telespectador com o queixo caído no nível “Game of Thrones” e um season finale digno das melhores produções para a TV, prova de que é possível criar uma atração com roteiro intrincado e inteligente, com doses certas de ação, suspense, drama e contexto histórico, com um dos melhores elencos que existem por aí.

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Vamos aguardar, então, pela próxima temporada, que será a penúltima. Para os camaradas que ainda não assistiram, dá tempo de compensar o vacilo.

Vida longa e próspera, Dona Sandra. E obrigado pelos peixes.

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