Na última terça-feira, Juiz de Fora teve a honra de receber um visitante ilustre: o chef Rodrigo Arino, do restaurante Maricota, de Guararema (SP). Conhecido pelo seu talento na cozinha e presença marcante nas redes sociais — onde soma mais de um milhão de seguidores entre Instagram, TikTok e YouTube -, Rodrigo é o criador do lema “mais buteco e menos hamburgueria”, uma filosofia que valoriza a simplicidade e a essência da boa comida de botequim.
Como não poderia deixar de ser, aceitei com entusiasmo o convite para conduzi-lo por um roteiro especial pelos nossos bares mais tradicionais, aqueles que mantêm vivas as receitas e memórias da nossa gente.
Começamos pelo icônico Bar do Abílio, no Centro, que há 55 anos serve pratos que já viraram patrimônio afetivo dos juiz-foranos. Lá, o campeão do Comida di Buteco, o fígado com jiló, brilhou — campeão também de pedidos e de sabor. Um clássico que mostra como tradição e qualidade caminham juntas.
Seguimos, então, para o Bar do Futrica, ainda no Centro, com seus impressionantes 68 anos de história. Entre suas preciosidades, destacamos a “Pizza Grega”, feita com queijo Reino — macia, saborosa, perfeita com uma cerveja bem gelada. Um petisco com sotaque e alma.
Fechamos o passeio no recém-reformado Bar da Sidneia, no Mercado Municipal, um ponto de resistência e identidade da cidade. Lá, provamos o inigualável bolinho de chuchu, que surpreendeu o chef Rodrigo, além do tradicionalíssimo peixinho “tira-vira”, iguaria que só quem conhece o mercado de Juiz de Fora sabe o valor que tem.
Foram horas de boas prosas, e melhores ainda foram os petiscos. E tenho certeza: outras visitas virão. Juiz de Fora tem muitos butecos esperando por Rodrigo Arino, com suas histórias, peculiaridades e sabores. A cidade está de portas abertas para recebê-lo — e eu, como sempre, de copo cheio e coração aberto, pronto para mais uma rodada de boas descobertas.