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Fauna de botequim

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Bares são batizados, muitas vezes, com os nomes ou apelidos do dono, ou ainda com referências aos pratos servidos no lugar. Nesta coluna, eu escolhi quatro excelentes lugares para petiscar. Mas antes explico a origem do batismo de cada espaço, para satisfazer a curiosidade do leitor.

Bar do Passarinho – Rua Rafael Zacarias, nº 500 – Democrata

O campeoníssimo Passarinho

Geraldo veio de Barbacena para cá junto com seu apelido, que, aqui, foi usado para nomear o bar no Bairro Democrata. Mas o lugar acabou ficando famoso por outra espécie servida por lá: o boi, mais precisamente a costela bovina preparada na churrasqueira ao bafo. Nessa forma de preparo, ela conquistou clientes em toda cidade e assim veio a ser premiada: o prato Costela do Barão foi o grande campeão do JF Sabor em 2022, numa receita em que o saboroso corte bovino leva a companhia de ora-pro-nóbis e banana da terra.

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Bar do Bode – Rua Nazira Matar de Freitas, 364 – Monte Castelo

Bode cultiva uma vistosa barba, que lhe valeu o apelido

O Bar do Bode é um dos primeiros bares de Juiz de Fora especializados em peixe, e eu digo que a traíra sem espinhos foi a grande responsável pela fama do bar, que hoje conta em seu cardápio com vários outros tipos de peixes e frutos do mar. Tudo preparado com muito cuidado e com muito sabor, como esse tipo de alimento requer. Muito disso graças à habilidade e aos temperos que o Bode – alcunha do proprietário que nomeia o bar – dedica a suas primorosas receitas. Talvez a mesma dedicação com que trata sua vistosa barba que lhe rendeu o inusitado apelido.

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Poleiro do Galo – Rua Catulo Breviglieri, 800 – Loja 02 – Santa Catarina

O novo Poleiro do Galo

O Galo recentemente mudou de poleiro: após uma grande temporada no Bairro São Mateus, bateu asas e está cantando num privilegiado espaço no Vale do Ipê, incorporando ainda mais conforto e beleza ao tradicional restaurante, que traz esse nome por referência ao “Poleiro do Galeto” da carioca CADEG. Aqui, no nosso Poleiro, porções e petiscos podem ser pedidos também, com destaque recente para a Língua do Galo, premiada na última edição do evento Seu Mercado. Trata-se de uma língua de boi refogada no alho e na cebola e cozida com batatas e louro, acompanhada de vinagrete com laranja e pimentão amarelo e também por uma farofa com muito alho frito.

Cantinho do Camarão – Praça Artur Bernardes, 230 – Bandeirantes

Camarão nunca falta! Cantinho do Camarão

Aqui o crustáceo deu nome ao bar, sem relação com qualquer apelido vinculado ao meu amigo Edson, proprietário do lugar. Feita essa explicação, saiba que, pelo cardápio do Cantinho, os camarões “nadam de braçada”, aparecendo em diversos pratos, assim como a casquinha de siri, outra especialidade do lugar, e que eu recomendo sempre que me perguntam sobre onde achar esse típico petisco praiano em Juiz de Fora.

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Uma vez mapeadas as espécies dessa autêntica fauna de botequim, agora me pego pensando: e a flora? Será que vai rolar uma coluna sobre o Bar da Árvore, Bar do Brejo ou sobre o Recanto dos Manacás? Acompanhem a coluna, pois podemos desbravar esses lugares e compartilhar com vocês aqui também!

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O ilustre Edson, que cuida do Cantinho do Camarão Foto CdB
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