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Cada pessoa percebe uma inflação diferente

Conjuntura e mercadosi face
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O novo aumento da inflação, que é medida a partir da variação do índice de Preços ao Consumidor, atingiu 0,86% em fevereiro e, com esse resultado, a diferença de preços observada por cada faixa de renda também aumentou. A faixa de maior renda acabou observando uma inflação maior do que a sentida pelas pessoas que possuem menor poder aquisitivo, sendo os índices observados de 0,98% e 0,67%, respectivamente.

Esse resultado, que em muitos meses foi o inverso, visto que a população mais pobre sofria mais com a inflação, decorre do aumento de 7,1% dos preços dos combustíveis, que representaram cerca de 47% do valor inflacionário percebido. O aumento só não foi maior pois houve a queda de 3,0% do preço nas passagens aéreas. Além disso, o aumento das mensalidades também acabou influenciando na inflação total, sendo o grupo educação o segundo grupo de maior importância para a faixa de maior renda, representando cerca de 33% do aumento.

Para a população de menor renda, cerca de 43% da inflação observada também foi proveniente do aumento do preço no grupo de transportes, já que o preço para a utilização dos transportes públicos aumentou em 0,33% no caso dos ônibus e 0,56% para o caso dos trens. O segundo grupo, responsável por cerca de 15% de aumento percebido, foi o grupo habitação, tendo em vista que houve o aumento de preço dos aluguéis, da taxa de água e esgoto e do botijão de gás, que aumentaram 0,66%, 1,0% e 3,0%, respectivamente.

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Ao comparar os dados referentes à inflação percebida em 2020 e no início de 2021, é possível observar que neste ano a inflação tem sido menor devido à diminuição da tarifa de energia e pelo baixo crescimento do grupo de alimentos, se comparado com os resultados obtidos no ano passado. Com isso, essa redução acaba refletindo em uma menor inflação e acaba sendo menos custosa para o consumidor. Por outro lado, o aumento dos preços dos
combustíveis, visto nas últimas semanas, pode acabar elevando a inflação que observada durante o mês de março.

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Esses valores acabam variando, pois cada família possui sua cesta de consumos e respectiva quantidade consumida de cada bem, sendo que quanto maior o consumo de um bem que variou seu preço positivamente, maior será a inflação sentida por aquela pessoa. No caso, como a alimentação variou pouco se comparado com os outros meses, pode-se dizer que essa foi uma das razões para a redução da inflação para as pessoas com menor renda, visto que a maior parte da renda dessas famílias vai para os grupos de alimentos e bebidas.

 

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