Na última sexta-feira, dia 24 de setembro, foi divulgado o resultado do IPCA-15, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que registrou aumento de 1,14% no mês de setembro, acréscimo de 0,25 ponto percentual (p.p) quando comparado com o mês anterior. Além disso, esse foi o maior registro do índice desde fevereiro de 2016, com alta de 1,42%.
Diferentemente do IPCA, o IPCA-15 tem um período de coleta que, em geral, abrange do dia 16 do mês anterior ao 15 do mês de referência, neste caso agosto e setembro. As regiões de abrangência englobam 11 áreas urbanas e o seu público-alvo são as famílias com renda entre 1 a 40 salários mínimos.
A alta do indicador está atrelada de forma significativa a 3 setores da economia brasileira, são eles, Transportes que representaram um impacto de 0,46 pontos percentuais (p.p) no total, seguido pelo setor de Alimentação e Bebidas, com impacto de 0,27 p.p, e o setor de Habitação, com impacto de 0,25 p.p.
No setor de Transporte, o maior vilão para essa grande alta foi novamente os combustíveis, com ênfase nos preços da gasolina, que vem sofrendo reajustes significativos periodicamente. Já para o setor de Alimentos e Bebidas, a maior causa do acréscimo foi referente ao aumento nos preços da alimentação em domicílio, com aumentos, principalmente, da carne, batata, café e frango, entre outros.
Já para o setor de Habitação, a principal responsável pelo aumento foi a energia elétrica, conforme o esperado, visto que, no mês anterior, a energia já havia impactado fortemente este setor. Este novo impacto está ligado com a entrada em vigor da nova bandeira tarifária para escassez hídrica a partir de 1° de setembro, como efeito da grave crise hídrica que o país enfrenta.
Em termos gerais, o IPCA-15 acumula alta de 7,02% no ano e, nos últimos 12 meses, alta de 10,05%. O aumento alerta ainda mais sobre os índices de inflação e sinaliza que devemos fechar o mês de setembro possivelmente com uma alta de preços recorde.