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Em tempos de instabilidade, onde está o emprego?

Conjuntura e mercadosi face
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O primeiro trimestre mal acabou e as expectativas para uma constante recuperação do nível de emprego já para o próximo trimestre seguem em ritmo desacelerado. Esse cenário impacta a população como um todo e reflete de forma drástica na economia. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil subiu para 12,7% no trimestre encerrado em março. Esse número reforça a perda do dinamismo e uma recuperação econômica lenta.

Em parte, essa queda é consequência da saída dos empregos temporários de fim de ano. Porém, ao se comparar os dados com o mesmo período do ano passado, o número de pessoas que procuram vagas subiu de 12,2 milhões para 13,4 milhões.

Alguns setores são mais impactados com essa situação. As maiores quedas no número de ocupados foram na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com menos 332 mil pessoas, seguido por construção (perda de 228 mil pessoas), comércio (menos 195 mil pessoas), serviços domésticos (menos 112 mil pessoas) e indústria (menos 110 mil pessoas). Tal conjuntura reflete também na subutilização de trabalhadores. O número de pessoas que poderiam estar trabalhando em tempo integral, mas que trabalham menos de 40 horas semanais, atingiu o número de 28,3 milhões.

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Em contrapartida, há setores que permanecem à procura de funcionários qualificados. Um exemplo é o setor de tecnologia. A consultoria americana IDC estima que existem 250 mil posições em aberto para profissionais de tecnologia no Brasil, um setor que movimentou, no âmbito nacional, US$ 38 bilhões em 2017. Dados dessa mesma consultoria mostram que a quantidade de vagas abertas na área de tecnologia cresceu 32%. Contudo, um dos fatores que poderia explicar o não preenchimento dessas vagas no país é que a tecnologia hoje em alta já pode ser considerada defasada cinco anos depois. Por isso, o mercado tecnológico necessita de trabalhadores cada vez mais aptos e capacitados à rápida aceleração tecnológica. Para formá-los, um investimento constante em educação de qualidade é exigido.

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Como se vê, há excesso de oferta de mão-de-obra de baixa qualificação e excesso de demanda por trabalhadores qualificados. Como se aprende bem cedo em economia, tal situação não representa um equilíbrio, o que mantém o país segue patinando no quesito emprego e renda.

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