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Conjuntura nacional do comércio e as expectativas futuras para o setor

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O setor varejista é de grande relevância para a economia brasileira, sendo um importante motor na geração de empregos e movimentação financeira. De acordo com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), o varejo ampliado (que inclui automóveis e materiais de construção) correspondeu a 26,4% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) em 2022.

A Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou uma leve alta de 0,1% no volume de vendas do varejo entre os meses de março e abril deste ano, sendo o quarto mês seguido em que as vendas seguem tendência negativa. Apesar disso, em 12 meses, a alta é ligeiramente superior, de 0,9%.

Quando observadas as atividades, percebe-se que, entre as oito, apenas três tiveram variação positiva. Entre elas estão hipermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (1%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,3%). Já entre as atividades que puxaram a queda estão equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-7,2%), tecidos, vestuário e calçados (-3,7%), combustíveis e lubrificantes (-1,9%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,4%) e móveis e eletrodomésticos (-0,5%). No varejo ampliado, as principais quedas foram relacionadas à atividade de veículos, motos, partes e peças (-5,9%) e materiais de construção (-0,8%).

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O cenário pelo qual o setor comercial brasileiro enfrentou em abril pode ser explicado pelos níveis de confiança e de expectativa dos consumidores. Segundo a sondagem do consumidor da Fundação Getúlio Vargas (FVG), no quarto mês de 2023 a confiança dos consumidores caiu 0,2%. Os empresários do comércio também apresentaram queda em suas perspectivas. Segundo a FGV, os principais fatores limitativos para o setor em abril foram a competição, a demanda insuficiente e o custo financeiro. Esse cenário é espelhado nos âmbitos do setor que apresentaram alta no mês, sendo esses de caráter essencial como alimentação e medicamentos.

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Apesar da conjuntura pouco favorável em abril do ano corrente, o que se espera para o mês de maio é um cenário ligeiramente melhor. Ainda de acordo com as sondagens da FGV, nesse mês o índice de confiança dos consumidores se elevou, assim como as dos empresários. Alguns indicadores macroeconômicos também explicam o panorama promissor que se espera para o comércio nos próximos meses. O último relatório Focus divulgado pelo Banco Central indica uma alta na expectativa do PIB para o ano de 2023. No mês passado esperava-se um crescimento de 1,2% do PIB. Atualmente, a expectativa saltou para 2,14%. Espera-se também redução da taxa básica de juros. Logo, mesmo com os resultados de abril, as expectativas são mais favoráveis tanto para o setor varejista quanto para os demais setores do país nos próximos meses.

 

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