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Chuva forte, preço alto

Conjuntura e mercadosi face
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Minas Gerais sempre foi reconhecida como uma região de extensa riqueza cultural e histórica e como dona de cenários ricos, mas atualmente devastados, de Mata Atlântica. O relevo do estado e suas condições climáticas potencializam os efeitos críticos das estações chuvosas. Isso tem agravado alagamentos e casos de enchentes nas cidades mineiras, principalmente, em municípios do interior do estado, causando prejuízos sociais e econômicos à população.

O intenso período de chuva que castigou o estado neste início de ano causou prejuízos de cerca de R$ 1,1 bilhão à economia do estado, segundo pesquisas da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), ademais, o balanço dos danos econômicos nos 10 primeiros dias do mês de janeiro de 2022 representa 0,2% do PIB mineiro. Na contextualização econômica, o setor mais impactado foi o industrial, já que Minas Gerais é considerado um estado estratégico nas rotas logísticas, o que compromete o escoamento da produção e o abastecimento das fábricas, causando falta de mobilidade e problemas para os estoques das indústrias. De acordo com o levantamento da Fiemg, 47.668 mil fábricas, que estão localizadas nos municípios atingidos, estão com a operação prejudicada por causa das chuvas.

Os dados referentes à pesquisa da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) demonstram que, dos produtores do estado, metade sofreu algum dano, comprometendo 37% do total da produção das hortaliças, o que pode causar impacto no preço final ao consumidor. Além dos danos dos produtores, as famílias mineiras também encaram problemas, tendo em vista os impactos econômicos e sociais gerados pelas chuvas intensas no estado. Com a instabilidade das mudanças climáticas e a possibilidade de deslizamentos e inundações, é importante que os moradores da região estejam atentos. Ademais, os cuidados não devem se manter somente às ações da natureza, mas também na observação dos preços dos produtos, os quais tendem a subir por falta de capacidade de escoamento, pela interdição de estradas ou pela devastação da produção, gerando queda de oferta.

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