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Planejamento financeiro: conhece a ti mesmo antes de poupar

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Atualmente muito se fala em educação financeira, mas muito pouco se fala sobre planejamento financeiro. O primeiro passo para alcançar os objetivos deve ser o controle dos gastos mensais, desde o café na padaria, até o valor das prestações de imóveis e também das receitas, como salários e alugueis recebidos. Deve-se iniciar a organização financeira por esse levantamento, pois com ele é possível descobrir com exatidão para onde está indo o seu salário, o que torna possível esclarecer qual o gasto máximo que se pode ter por mês, além de possibilitar que o indivíduo passe a colocar em prática as melhores ações para realizar seus sonhos. É importante lembrar que o dinheiro para poupar deve estar presente já neste planejamento mensal, como qualquer outro gasto, e não ser apenas o que sobra no final do mês.

A pesquisa Raio X do Investidor Brasileiro, realizada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), mostra que os brasileiros têm poupado cada vez mais dinheiro. Em 2018, 42% dos brasileiros possuíam algum saldo em aplicações financeiras. No entanto, a falta de educação financeira se faz presente na escolha dos produtos financeiros. Atualmente, 88% dos brasileiros possuem aplicação em poupança, sinal de que a comodidade ou falta de conhecimento muitas vezes faz com que haja perda de rentabilidades maiores. Por exemplo, desde setembro de 2017, a taxa Selic é inferior a 8,50% ao ano, o que faz com que a caderneta de poupança renda 70% desta taxa mais a Taxa Referencial, que atualmente é zero. No ano de 2018, o rendimento da aplicação foi de 1,12%, descontada a inflação, enquanto um CDB com rentabilidade de 100% do CDI teria rendido 2,65%. Segundo dados do Banco Central, em 2019, a rentabilidade da poupança com o desconto da taxa de inflação, será de 0,80%, enquanto o deste mesmo CDB será de 1,75%.

Um dos principais atrativos da poupança e também um dos motivos que levam as pessoas a manter seu capital aplicado nela, é sua altíssima liquidez, ou seja, o investidor consegue retirar seu dinheiro investido a praticamente qualquer momento. Como o planejamento não está tão presente na vida do cidadão, manter uma aplicação de alta liquidez para imprevistos faz com que estes fiquem mais confiantes ao investir. Neste aspecto, também existem soluções tão boas quanto a poupança, como títulos do Tesouro Selic e CDBs de liquidez diária. Além disso, é válido destacar que a poupança rende apenas na data de aniversário da aplicação, já o Tesouro Selic e o CDB rendem todos os dias.

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O que pode fazer uma grande diferença na hora de alocar os recursos é também saber o valor que o investidor pode direcionar por mês a este objetivo. Alguns investimentos, por exemplo, podem possuir liquidez praticamente imediatas e rendimentos muito além da poupança, porém exigir aportes mínimos não muito acessíveis. O planejamento financeiro neste ponto também é muito importante para saber não só quanto se é capaz de investir para o próprio futuro, mas também qual é a melhor opção para o momento. Cada pessoa tem um perfil e uma necessidade diferentes, e é importante
conhecer esse perfil e essas necessidades, para só então decidir quais são os melhores caminhos. Como já disse o Gato de Alice, para quem não sabe aonde quer ir, qualquer caminho serve. E você, já sabe aonde quer chegar?

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