Nos últimos meses os brasileiros vêm acompanhando aumentos frequentes nos preços de alguns bens essenciais derivados do petróleo. Um dos produtos que aumentou consideravelmente foi o botijão de gás de cozinha. De acordo com levantamento de preços da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do botijão de 13 kg ao consumidor, no Brasil, é de R$ 68,28. O maior preço é de R$ 115 e o menor R$ 50.
No dia 5 de novembro, a Petrobras anunciou um aumento de 8,5% nos preços do gás de cozinha vendido às distribuidoras. A empresa tem apresentado reajustes trimestrais, o que, até em 2017, acontecia mensalmente. A intenção dessa alteração é reduzir o impacto da volatilidade cambial no mercado internacional de gás. No entanto, o aumento do preço desse produto continua sendo recorrente. De janeiro ao início do mês de novembro desse ano, a alta foi de 2,8%. Como consequência, o gás de cozinha passou a ser vendido nas refinarias por R$ 25,07 em agosto, um reajuste de R$ 1,97 em relação a julho. Essa alta se justifica pela desvalorização do real frente ao dólar e às elevações nas cotações internacionais do GLP (gás liquefeito de petróleo).
Em Minas Gerais, de acordo com dados do Mercado Mineiro, o menor preço encontrado para o botijão de 13 kg foi de R$ 59 e, o maior preço é R$ 90, apresentando uma média em torno de R$ 70,71. Enquanto em Juiz de Fora, segundo pesquisas da ANP, o valor médio do botijão é de R$ 68,61, antes do aumento assumido pela Petrobras. Contudo, diante ao aumento, o preço médio poderá chegar a R$ 72,10.
Os preços tanto do gás de cozinha quanto do gás industrial comercializados no país são referenciados pela média dos valores do propano e do butano comercializados no mercado europeu, acrescidos da margem de 5%. Esses são componentes essenciais para a fabricação do produto. Visto que tais preços são tomados com base no mercado internacional, a valorização do real pode representar um sinal de reversão para o quadro de aumentos constantes de preços no Brasil, incluindo o gás de cozinha. Como se vê, uma moeda mais forte é notícia excelente para quem importa, para quem viaja e até para quem nem pensa nisso quando prepara o alimento de cada dia.
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