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O abate de animais no Brasil: análise dos indicadores para o 3º trimestre de 2022

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A pecuária de corte brasileira, que engloba o abate de animais como bois, porcos e frangos, tem participação expressiva no PIB nacional. Em 2021, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e ApexBrasil, esse ramo da pecuária movimentou R$ 913,14 bilhões, valor 14,9% maior que o de 2020.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou no último dia 7 a Pesquisa Trimestral do Abate de Animais para o terceiro trimestre de 2022 (julho a setembro). A pesquisa relatou que 1,57 bilhão de cabeças de animais foram abatidas no país. No mesmo período em 2021, o valor era de 1,55 bilhão de cabeças, o que representa aumento de aproximadamente 20 milhões no mesmo período de 2022.

A pesquisa também mostra crescimento para as exportações do abate de animais no Brasil. No terceiro trimestre de 2022, 573,4 mil toneladas de carne bovina foram exportadas, crescimento de 7,4% em comparação ao mesmo período de 2021. Ademais, de carne suína, o total foi de 288,5 mil toneladas, aumento de 4,6% em relação ao mesmo período 2021. Por último, com variação de apenas 0,5% em relação a 2021, no terceiro trimestre de 2022 foram exportadas 1,1 milhão de toneladas de carne de frango.

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O resultado para o terceiro trimestre de 2022 de carnes suínas alcançou o maior patamar desde 1997. O peso acumulado foi de 1,33 milhão de toneladas, representando variação positiva de 4,3% em relação ao ano anterior. Esse resultado se deve ao aumento das unidades da federação que participaram da pesquisa, bem como da diminuição de carne bovina no mercado interno.

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Quanto ao abate dos bovinos, o resultado do terceiro trimestre foi 11,9% maior que o do respectivo período anterior. O aumento é justificado pelo embargo chinês de carnes bovinas brasileiras no último ano devido a casos atípicos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (comumente chamada de “doença da vaca louca”). O abate desses animais gerou 2,13 milhões de toneladas de carcaças, com variação positiva de 11,6% em comparação ao terceiro trimestre de 2021.

Por fim, o abate de frangos apresentou crescimento de 0,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Suas exportações alcançaram o segundo melhor terceiro trimestre da série, resultado da redução da oferta mundial devido à gripe aviária ocorrida no Hemisfério Norte, além de efeitos da guerra na Ucrânia. O preço interno desse tipo de carne se manteve estável devido à maior disponibilidade do produto no país, o que gerou uma demanda ajustada no período.

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Em resumo, a pecuária nacional, no que tange ao abate de animais, se encontra em alta. Fatores internos e externos afetaram a produção tanto em 2021 quanto em 2022, gerando resultados particulares para o consumo doméstico e para as exportações brasileiras.

 

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