A produção industrial apresentou crescimento de 0,6% em julho deste ano em relação ao mês anterior, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), publicada este mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado indica que a produção industrial tem oscilado bastante, pois em junho foi verificada uma queda de 0,3%. Além disso, a produção industrial ainda está 0,8% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020).
Considerando a expansão observada em julho, dez das 26 atividades econômicas consideradas mostraram crescimento na produção. Dentre as atividades que cresceram, destacaram-se os produtos farmoquímicos e farmacêuticos (10%), outros equipamentos de transporte (5%), produtos alimentícios (4,3%), papel e produtos de papel e de celulose (2,1%), indústrias extrativas (2,1%), coque (combustível), produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2%) metalurgia (2%).
Os dados divulgados pela Confederação Nacional da Industria (CNI) também foram positivos para o mês de julho. Os indicadores da indústria de transformação mostraram crescimento do faturamento e do emprego (+0,5%), da massa salarial (+1,3%) e do rendimento médio (+1%) em comparação com junho de 2022. Foi um dos melhores desempenhos da indústria este ano. Essa melhora dos indicadores é consequência da recuperação do poder de compra das famílias, que está permitindo o aumento do consumo. Outro fator que pode ser citado para esse resultado é que parte da indústria de transformação tem contornado as dificuldades com relação ao fornecimento de insumos.
A CNI também divulgou o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), que aumentou três pontos, chegando a 62,8 pontos. Esse resultado, acima dos 50 pontos, mostra que a indústria segue confiante. O resultado do índice de expectativas, que é um dos componentes do ICEI, apresentou alta de 2,4, chegando a 65 pontos, o que indica maior otimismo da indústria para os próximos seis meses. Em agosto, o ICEI com resultados setoriais registrou aumento em 26 dos 29 setores avaliados pela CNI.
Os índices parecem indicar expectativas positivas do empresariado brasileiro para o futuro próximo da indústria. O cenário pandêmico parece ter ficado para trás, apesar das marcas deixadas nos setores da indústria.