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O que esperar de 2018 na economia juiz-forana?

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Muito se tem falado sobre a recuperação econômica brasileira, com redução da taxa Selic, da inflação e com expectativa de que o PIB volte a crescer em 2017/2018. Tais resultados macroeconômicos impactam direta e indiretamente nas economias regionais e, apesar da sensação de crise ainda persistir sobre grande parte da população, para Minas Gerais, no ano de 2017, em relação a 2016, há expectativa de que algumas variáveis chave para a economia do estado, como arrecadação e emprego, fechem com resultados superiores.

A retomada da economia mineira pode ser observada ao longo de 2017 e, de acordo com previsões para algumas variáveis do Indicador de Atividade Econômica Municipal (Iaem), elaboradas pela Conjuntura e Mercado Consultoria (CMC), espera-se que o ano feche com mais de 69 mil postos de empregos gerados e mais de R$ 2 bilhões arrecadados com IPI e IPVA. São boas notícias, especialmente quanto à criação de postos de trabalho, frente à redução destes no ano de 2017. Tal expectativa, entretanto, não é homogênea no âmbito dos municípios.

Em nível municipal, espera-se para Belo Horizonte uma ampliação de 3,58% na arrecadação de IPI e IPVA. Já no âmbito do município de Juiz de Fora, as expectativas não são tão positivas. Apesar da previsão ser de que o saldo de empregos em 2018 seja, aproximadamente, 26% maior que em 2017, o prognóstico é de que esse saldo ainda seja negativo. Estima-se também de que a arrecadação em 2018 seja cerca de 1% menor que a registrada no ano de 2017. Tais resultados são de certa forma esperados, dado que, segundo estudos realizados com base nos resultados obtidos a partir do Iaem, Juiz de Fora está isolada economicamente e depende maciçamente do setor de serviços, principal empregador no município.

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Esses números revelam que, por mais que os indicadores macroeconômicos venham apresentando sinais de recuperação, o juiz-forano deve ter cautela, em virtude, principalmente, do tempo necessário para que os impactos de um ciclo econômico nacional atinjam as economias regionais/municipais. O desafio de sair da crise é grande e cabe à sociedade como um todo buscar meios de superá-lo. Um dos caminhos possíveis é promover novos investimentos, principalmente em setores considerados estratégicos, tais como infraestrutura, tecnologia e educação. Tal medida, além de organizar a alocação dos recursos disponíveis, maximizando os benefícios daquilo que já existe, é capaz de reduzir os níveis de capacidade ociosa em setores correlatos e, por conseguinte, de desemprego.

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