A atividade do setor agrícola é uma das mais importantes da economia brasileira, pois, embora componha pouco mais de 5% do PIB brasileiro na atualidade, é responsável por quase R$100 bilhões em volume de exportações em conjunto com a pecuária, segundo dados da Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SRI/Mapa). Em Minas Gerais, de acordo com a Fundação João Pinheiro (FJP), o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio representou, em 2020, 22,6% do PIB estadual.
Neste contexto, um produto que vem chamando a atenção do mercado e também dos produtores, é o milho. Em abril, as exportações brasileiras do grão registraram uma alta de 1854%, com o envio de 130 mil toneladas ao exterior, segundo dados preliminares divulgados pelo Ministério da Economia, no dia 3 de maio. Em igual período de 2020, os embarques somaram apenas 6,6 mil toneladas. Recentemente, os preços da saca do milho atingiram o valor máximo em oito anos na Bolsa de Chicago e, no Brasil, têm flertado na casa dos R$100. Mas, em 2021 a agricultura também teve surpresas negativas devido à seca e às geadas em todo o território brasileiro, o que representou grandes perdas para algumas culturas. O impacto negativo das últimas geadas pode ser percebido nos dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que mostram uma redução esperada de 32,6% na produção de café em Minas Gerais, quando comparado ao volume colhido em 2020.
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse que será definida uma solução para os prejuízos causados aos cafeicultores em decorrência das geadas em Minas Gerais, situação agravada por ocorrer logo após o período de seca. O estado registrou a maior geada dos últimos 20 anos. O Ministério da Agricultura destaca ainda, que o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) disponibilizou uma plataforma de monitoramento de possíveis geadas no Brasil. Na plataforma, o agricultor pode verificar a possibilidade de ocorrências de geadas baseada nos dados registrados por estações meteorológicas. Segundo a ministra, também será feito um levantamento técnico com produtores, para se construir uma política de apoio às regiões afetadas.