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Azar e favoritismo

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O verdadeiro azar de Marcus foi ir à berlinda com os momentâneos favoritos do público: Isabelle e Davi (Foto: Reprodução/TV Globo)
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Primeiramente, mais uma vez, obrigado por existir, Tadeu Schmidt. Quem acompanha o BBB 24 já tinha noção do que aconteceria no último paredão: Marcus Vinicius, por azar e favoritismo (de outros), foi eliminado com quase 85% dos votos. Os números exagerados não condizem com a realidade: Marcus não está cancelado. Pelo contrário, o brother vinha em alta nas últimas semanas. Em diversas ocasiões, mostrou coerência, carisma e não se omitiu do jogo.

Mas Tadeu, em seu discurso de eliminação, deixou claro o que aconteceu: o único erro dele foi ter auxiliado Lucas Henrique a seguir na prova do líder e, posteriormente, vencê-la. Sem demonstrar muita consideração, Lucas não salvou Marcus quando pôde na formação do paredão. O resultado já sabemos.

Mas esse é, de longe, o menor motivo da eliminação. Afinal, em diversos outros paredões, o comissário de voo se salvaria. O apresentador do programa até jogou no ar uma dica para o povo da casa – e quem não a pescou pode se sentir ameaçado. O verdadeiro azar de Marcus foi ir à berlinda com os momentâneos favoritos do público: Davi e Isabelle.

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Ambos já voltaram de três paredões – assim como Alane – e, pelo menos até então, continuavam como alvos da casa. Os motivos podem ser vários: as origens, a identificação com a história de vida, a personalidade, a atuação no jogo, entre outras. Isso não importa; afinal, para além do que acontece dentro da casa, a conclusão final sempre é tomada pela audiência. Fato é que Davi e Isabelle ocupam essa posição desde o início.

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Com isso, surge o questionamento: o quão prejudicial é o público manter os mesmos favoritos do início ao fim? Obviamente, depende da dinâmica do jogo. No caso do BBB 24, de oito paredões até o momento, Davi e Isabelle já foram (e voltaram) em três ocasiões; ou seja, quase metade. Até então, havia um quê de perseguição em cima de ambos. A partir da eliminação de Marcus, Tadeu deu o recado em questionamentos como “é desvantagem enfrentar uma dupla?” e “e se não estivesse exatamente nesse paredão?”.

A partir daí, vai da interpretação dos participantes entenderem (ou não) que a perseguição segue fortalecendo enredo e que Davi e Isabelle estão fortes do lado de fora. Para nós, audiência, fica a dúvida: vale a pena adotar favoritos desde o início? A única resposta que a casa tem do público são os paredões.

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No contexto atual, tanto Davi como Isabelle têm condições de entender sua situação no jogo. E isso não necessariamente é positivo. Quando a pessoa volta de muitos paredões, ela pode se acomodar. Tomando o último de exemplo: considerando o papel de Marcus no jogo, ele deveria mesmo ter sido eliminado? A conclusão é que o público nem sempre busca entretenimento. Às vezes, só defende com unhas e dentes seus favoritos.

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