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Coluna CR – 29-05-2016

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Até que ponto a paixão é um sentimento saudável?

 

A palavra PAIXÃO, que designa uma emoção de interesse da Filosofia, Psicologia, Psiquiatria, História, e de Poetas, Músicos e Escritores, deriva de Pathos (Patológico = doentio, mórbido, anormal, excessivo). Entre os apaixonados, consiste em uma forma de “loucura transitória”, durante a qual os envolvidos não atendem mais aos apelos da razão.

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A Neurociência, que estuda as correlações profundas entre os funcionamentos corporal e mental, estabelece que esse processo dura de 18 a 30 meses. Após esse tempo, ou a ligação afetiva se fortalece e se consolida em amor, ou se esvazia. Na sua forma patológica, porém, está relacionada a vários transtornos psiquiátricos, como o Transtorno Obsessivo-compulsivo; Transtorno Delirante Persistente e outros Transtornos Psicóticos; Alcoolismo Crônico e outras Dependências Químicas; e Transtornos de Personalidade. São frequentes, nesses casos, os delírios de ciúme, sob a aparência de paixão, em que aflora a necessidade obsessiva de controle total sobre os sentimentos e comportamentos do outro.

O acometido pode não ter uma doença identificável, mas padece de rebaixamento da sua autoestima e acredita que qualquer outro seja mais capaz de despertar o desejo e o interesse do ser “amado”. Suas ideias, francamente delirantes, podem resultar em atos de violências psicológicas, agressões físicas, separações conjugais e até mesmo em crimes.

 

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Elimar Jacob Salzer Rodrigues – psiquiatra e leitora convidada

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