Longevidade
Nunca pensei que fosse gostar tanto da minha vida na terceira idade. Confesso que as novas oportunidades que se abriram me assombraram. Experimentei pela primeira vez a sensação de ser gestora do meu próprio tempo, após me aposentar. A liberdade é tanta que nos embriaga, seu efeito dura o tempo necessário para apagar a síndrome das horas que nos faltavam na vida adulta. Porém, me dei conta que o fundamental para manter a saúde mental é continuar traçando objetivos e fazendo um bom planejamento. Nada muito rígido, mas com metas alcançáveis para o contínuo desenvolvimento e enriquecimento pessoal.
Em todas as pesquisas que desenvolvi em meu doutorado, constatei que a longevidade seria um dos grandes fenômenos do Século XXI, fazendo parte da evolução de métodos de prevenção da saúde e outras tecnologias. Assim, conclui que para a geração prateada, o primeiro passo precisa ser “amar a vida”, esse é o principal nutriente da longevidade. O seguinte é alimentar a gratidão por tudo que aprendemos e conquistamos ao longo do tempo. E por último, permanecer abertos para ressignificar nossas experiências ou até encontrar novas paixões.
Aprendi que existem oportunidades para nos arriscarmos sem medo, basta seguirmos a nossa intuição. Foi quando estabeleci mais uma meta: usar as redes sociais para me conectar com as pessoas que admiro e compartilhar conhecimentos de vida e carreira. Desde então, em meu Instagram, encontrei uma forma positiva de falar sobre o lado bom de nos reinventar e seguirmos no caminho de uma longevidade gratificante e saudável. E você, já estabeleceu suas metas para a melhor idade?
(Neide Cordeiro de Magalhães é PHD em Envelhecimento Saudável, professora aposentada e leitora convidada)