Em busca da natureza
Após serem intensamente impactadas pela pandemia do novo coronavírus e o isolamento social, as famílias estão vivendo um grande processo de mudanças dos seus hábitos, de comportamento e até mesmo de estrutura de moradia. A busca pela natureza ao seu entorno, nos bairros e praças, onde reconectam-se com a natureza, com paisagens naturais das quais tanto se distanciaram nos últimos meses tem sido cada vez mais valorizadas.
Mas como ter esse contato se estamos em um período de “quarentena”?
Perdemos durante a pandemia a nossa rotina (muitas vezes contestada), a nossa liberdade e a nossa mobilidade. Os escritórios e academias de ginástica foram para nossas casas, as escolas dos nossos filhos, idem, e os apartamentos antes usados somente para pernoite se tornaram o único lugar que podemos ficar, tornando-se assim o lar, o escritório e a escola.
Logo nos primeiros dias de confinamento, as pessoas puderam perceber a importância de terem mais espaço em suas casas para ter um local adequado para o trabalho, estudo e também para seus ‘hobbies’.
A ideia de ter que ficarmos “confinados”, a sensação da perda da liberdade nos faz sentir vontade cada vez mais de estar em um lugar que nos traga essa sensação de volta. Muitas famílias têm sentido a necessidade de buscar uma nova residência, saindo de seus apartamentos para casas, para estar mais perto da natureza, em contato com ela, promovendo essa sensação de bem estar, com momentos de relaxamento e conforto.
A busca pela saúde, ar livre, família, conexão estão em ênfase no momento. A valorização das relações humanas, desejando passar momentos juntos de seus familiares e buscar saúde e bem-estar em ambientes naturais, o estreitamento da vivência com familiares e amigos está sendo priorizada.
(Anna Christina de Castro Varotto é psicóloga e leitora convidada)