A relação homem- trânsito precisa de mudanças
O tema da Semana Nacional do Trânsito de 2018 chama a atenção para a relação do ser humano com o dia a dia no trânsito. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o Brasil ocupa a vergonhosa 5ª. colocação no ranking mundial de mortos em acidentes de trânsito, ficando atrás da Índia, China, EUA e Rússia. Para mudar essa realidade, é necessária uma mudança de comportamento de cada um de nós, pedestres e condutores. A busca da meta acidente zero, ainda que soe como uma utopia, deve ser perseguida diariamente.
Mais de 90% dos acidentes de trânsito tem o fator humano como a causa principal. Sem a nossa mudança de atitude não chegaremos a lugar algum. Nossa equipe de Educação para o Trânsito faz visitas a escolas públicas e privadas ao longo de todo o ano, com o objetivo de termos uma próxima geração formada por adultos melhores do que nós temos sido, no que se refere ao comportamento e respeito às leis de trânsito. É por acreditar nesse futuro de menos vítimas, que trabalhamos de forma incansável.
Desde 2012, quando lamentavelmente tivemos 29 óbitos, a cidade apresenta uma tendência na queda do número de mortes no trânsito, ainda que os dados de 2018 apresentem um acréscimo com relação aos de 2017. O aumento da fiscalização eletrônica tem se mostrado um importante aliado para a redução das infrações e, por consequência, de acidentes em nossa cidade. Nos locais onde existem os chamados “radares de avanço de semáforo”, os contadores regressivos do sinal verde reduziram em mais de 20% no número de infrações. Menos infrações resultam em menos riscos de acidentes e menos vítimas.
Mesmo com esses dados tão alarmantes de perdas de vida no trânsito, muitas pessoas ainda insistem em desobedecer as regras de circulação e convivência. O que alguns insistem em chamar de indústria da multa, nós chamamos de indústria da vida!
(Rodrigo Tortoriello é secretário de Transportes e Trânsito e leitor convidado)