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Fala Quem Sabe

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Fala Quem Sabe

Carnaval, uma paixão desde a infância

Iniciei minha trajetória no carnaval aos 13 anos , saindo no Bloco Caricato Doméstica de Luxo. Aos 18 anos, fui para a bateria, tocava tamborim, mas acabei reprovado pelo Nelson Silva, do famoso Batuque Afro-Brasileiro. Passei, então, a tocar chocalho e reco reco.

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Aos 27 anos assumi a presidência do bloco e passei a fazer promoções quase todos os meses, no antigo Ginásio Bicalho, onde aconteciam, também, os ensaios. As Domésticas de Luxo chegaram a levar para a Avenida Rio Branco quase 800 componentes, entre bailado e bateria. O nosso querido bloco era sempre esperado com alegria e entusiasmo por todos. Já deixei de completar cursos de eletrônica, contabilidade e até uma Faculdade de Direito, devido ao período de preparo para o carnaval. Sempre tive loucura pelo carnaval e já acumulei inúmeros prejuízos com a folia.

Em 1992, com a fundação do Bloco Pagodão, a finalidade do bloco era a de dar oportunidade e espaço às mulheres e crianças, uma vez que não podiam sair nas Domésticas de Luxo, que reunia apenas homens. O nome do bloco (Pagodão) foi sugerido pelo grande carnavalesco Zezé Garcia e inspirado nos desfiles das escolas infantis no Rio de Janeiro, como a Mangueira do amanhã.

No ano 2000 coordenei o último carnaval das Domésticas de Luxo e o Pagodão. Depois, devido a grande prejuízo financeiro, tive que pedir dinheiro emprestado a meu pai, com a promessa de não coordenar mais blocos de carnaval. Promessa não cumprida. A seguir continuei desfilando e até mesmo ajudando o Bloco do Beco.

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Após muitas insistências, em 2009 reestruturei a diretoria das Domésticas de Luxo, passando imediatamente o comando para Carlos Manuel e José Carlos Passos (Zé Kodak). No mesmo ano voltei com o bloco Pagodão, desta vez, com o nome Pagodão dos Clubes, uma vez que presido, há dez anos, o Sindicato dos Clubes. O bloco tem como objetivo dar oportunidade aos associados de diversos clubes de participarem do desfile de carnaval.

Ajudei duas escolas de samba: Feliz Lembrança e a Turunas do Riachuelo e me transformei em especialista na organização de carnaval; ajudo a organizar e coordenar blocos, desfiles, promoções e festas em geral. Em 2013, reorganizei e estruturei a Banda Daki, criando o estatuto da entidade, resolvendo problemas e pendências junto à Funalfa e ao Corpo de Bombeiros, além da documentação geral. Em 2017 tive a oportunidade de criar o Pagodão da Inclusão, dando espaço às pessoas portadoras de necessidades especiais de participarem da folia juntamente com parentes e amigos. No carnaval carioca, desfilei pela Beija-Flor de Nilópolis, no segundo ano de criação do sambódromo.
Faço parte de uma família que gosta de samba e carnaval. Sou extremamente apaixonado pelo carnaval e me preparo o ano inteiro para a festa de Momo.

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(Marcelo Barra é empresário e leitor convidado)

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