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Coluna CR – 21-08-2016

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O desafio da educação superior

 

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O Brasil enfrenta muitos desafios qualitativos e quantitativos no campo da Educação Superior. Os cursos de graduação seguem modelos em grande medida anacrônicos; a sua qualidade em média não atende às necessidades de inserção dos egressos no mundo do trabalho; as instituições públicas e privadas têm dificuldades para estabelecer estratégias de atuação, em articulação com as demandas sociais; apenas nos últimos 20 anos foi iniciada a transição de um sistema de elite para outro, de massa; e enfrenta dificuldades crescentes com o financiamento, entre outros grandes problemas.

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Apesar disso, o país obteve sucesso em muitas áreas, como a pós-graduação, a pesquisa, a interiorização das instituições e também em setores da economia que atingiram um nível de sofisticação produtiva só possível com a forte contribuição de conhecimentos produzidos em decorrência de investimentos na formação de recursos humanos na Educação Superior de alta qualidade. São exemplos a agricultura, a produção de aviões e a exploração de petróleo em águas profundas.

Nesse cenário, cabe questionar como se pode alcançar resultados similares em larga escala e aumentar os impactos da Educação Superior em termos de desenvolvimento humano, social e econômico.

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Não há uma resposta única para isso. Mas certamente a superação de desafios desta natureza, na escala populacional do Brasil, exige profundas transformações e muita criatividade para inovar, ao invés de simplesmente adotar as mesmas estratégias até agora usadas. Introduzir cursos em novos modelos e arquiteturas, aumentar a conexão entre formação e realidade social, definir novos rumos, organização e liderança institucionais, esses são alguns ingredientes de uma complexa equação que precisa ser decifrada. Do contrário, podemos ser devorados.

 

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Paulo Barone – secretário de Educação Superior do MEC e leitor convidado

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