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Fala Quem Sabe: Paixão pelos discos de vinil

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Como os discos de vinil vem me acompanhando desde minhas memórias mais antigas, posso dizer no mínimo que, do tempo dos compactos coloridos de fábulas infantis até os mais recentes lançamentos de 2019, “águas rolaram”.

Acredito que para uma faixa etária mais habituada à tecnologia presente na vida moderna – para aqueles que ainda não deram o trigésimo giro em torno do sol – colecionar discos pode despertar uma justificável surpresa.

Grandes, redondos e com suas capas vistosas os “vinis” podem até fascinar as pessoas que sempre conviveram com acesso aos processadores virtuais e redes de transmissão de dados sem fio. Mas eu pergunto: apenas isso seria capaz de explicar que justamente hoje, os discos de vinil têm uma demanda mundial de produção muito superior à capacidade das fábricas? Será apenas curiosidade e paixão que move essa cultura de buscar a música em vinil?

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Acredito que até o mais desavisado percebe que o charme e elegância do disco de vinil tem reconquistado seu espaço. São vitrolas ‘vintages’ nas lojas de bibelôs, lançamentos em vinil em ‘megastores’ e ‘deejays’ ocupando os espaços com a música analógica, matérias em revistas e programas.

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Para quem se alfabetizou com os discos da “Arca de Noé de Vinícius”, “Os Saltimbancos do Chico” e a “Turma do Daniel Azulay” essa cultura sempre esteve viva. Mas o que eu acho mais bacana é que hoje não é o saudosismo do “meu tempo” que está aquecendo a indústria dos discos. Não é o caso de comparar a qualidade de MP3 com a falta de praticidade do LP no dia a dia e muito menos questão de nostalgia. O fato é que a cultura de discos segue mais forte a cada dia, principalmente, porque os mais jovens estão percebendo que um disco de vinil é a embalagem mais carinhosa e duradoura que a sua música pode ter.

(Pedro Paiva é do Coletivo Vinil é Arte e leitor convidado)

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