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Coluna CR – 20-11-2016

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Fazer arquitetura exige respeito e amor

Diferentemente do que as pessoas pensam, a beleza não é objetivo em si dos arquitetos. A beleza é a consequência de um trabalho correto e bem feito. Em Barcelona, onde fiz o mestrado em “História, Arte, Arquitetura e Cidade”, são necessários seis anos para se formar arquiteto, pois se exige conhecimento de exatas, humanas, artes, ecologia, história e muitos outros saberes. Cabe ao arquiteto desenvolver projetos com o objetivo de criar espaços destinados a todas as nossas atividades, como morar, trabalhar, estudar ou se divertir.

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O planejamento criterioso define a melhor circulação e a melhor funcionalidade para todas as necessidades dos espaços; estabelece o melhor sistema construtivo e os materiais mais adequados para a realização do projeto; buscar a melhor relação custo X benefício para cada investimento; propõe inovações e sustentabilidade; obtendo ao final os melhores resultados estéticos e práticos. Isso vale para um quarto ou para uma cidade.

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É preciso que o arquiteto saiba ouvir o máximo, trabalhar em equipe, com engenheiros e projetistas diversos, fazer orçamentos e legalizações várias, mas além da coerência formal, da racionalização funcional e técnica; um bom arquiteto sabe sintetizar todas as necessidades do cliente, e vai te mostrar possibilidades que nem em seus melhores sonhos imaginaria. Fazer uma obra sem o arquiteto e o devido planejamento, resulta em precariedade, improvisos, muitos sustos, prejuízo e custos extras. E o resultado final será o que difere uma construção ordinária qualquer, de uma verdadeira obra de arquitetura.

Além de muito conhecimento, para se fazer arquitetura é necessário muito respeito, e uma boa dose de amor. Amor pelo que se faz, pelas pessoas, pelas cidades e pela Vida.

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Rogério Mascarenhas – arquiteto e leitor convidado

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