Escritor, do latim ‘scriptor’, é o que escreve, autor de literatura ou ciência. É ainda o que se expõe, quando coloca ideias ou imaginação, em palavras que permanecem.
25 de julho foi escolhido Dia Nacional do Escritor em 1960 pela UBE, quando seu vice presidente Jorge Amado ponderou: “escrever é transmitir vida….”
Sobre o ato de escrever, Cecília Meireles afirmou: “Eu canto porque o instante existe / E a minha vida está completa … Sou poeta”. Já Manuel Bandeira lamentou: “Eu faço versos como quem chora / De desalento, de desencanto…” e Quintana metaforizou: “os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês…”
Quero congratular-me também com os responsáveis pela transmissão das notícias. Reporto-me aos jornalistas e, entre eles, aos alunos com os quais convivi durante 25 anos na UFJF, muitos deles atualmente escritores premiados.
Resta-me mencionar representantes da cidade. Dando hoje nome ao município onde nasceu, Belmiro Braga resumiu sua poética: “Canto aqui como canta a água da fonte / ou como canta o sino do arraial”. Nosso poeta-mor Murilo Mendes, nome de museu, biblioteca, lei, rua, prédio, declarou-se “poeta irrevogavelmente”. O memorialista juiz-forano Pedro Nava esclareceu: “Literatura é tudo aquilo feito com bom estilo, tudo que é bem escrito e tocado ainda que de leve pela mão da poesia” e Rachel Jardim explicou como faz suas narrativas: “eu procuro escrever com uma transparência, uma simplicidade sofisticada que nem sempre todo mundo entende”. Ainda hoje, possuímos uma plêiade de escritores que, se fosse nomeá-los, ocuparia todo o espaço do jornal…
Nossa homenagem se estende aos que, nesta época tão difícil, vêm, com seus textos, amenizar nossas horas de incerteza. Enfim, sinto-me extremamente honrada em poder, publicamente, cumprimentar todos que, além de nos orgulhar em sermos brasileiros e juiz-foranos, foram e são razão de nosso trabalho e nossa pesquisa pela vida afora.
(Leila Barbosa é professora, escritora e leitora convidada)