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Fala Quem Sabe: A mulher e a medicina

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Fala Quem Sabe

A mulher e a medicina

Numa época em que o mundo se agiganta em conhecimento nas mais diferentes áreas; quando observamos as distâncias se encurtarem pela rapidez da comunicação; quando o ser humano se desafia na busca incansável por mais tecnologia; quando as pesquisas avançam em ritmo acelerado, a mulher e médica se depara com um cenário deslumbrante e desafiador.

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Somos convidadas, sob o escrutínio da razão e do coração, a nos defrontarmos com diferenças acerbas num mundo globalizado.
Aqui observamos a tecnologia de ponta trazendo a cirurgia cada vez menos invasiva, o medicamento que restabelece a melhora do paciente numa doença com que até ontem não havia qualquer expectativa de vida. Já identificamos patologias antes do concepto chegar ao berço; já possuímos recursos para manipular a vida ainda no ventre materno; já manuseamos técnicas que chegam à célula, ao seu núcleo e ao DNA. O conhecimento do átomo e o domínio de suas energias trouxeram, dentre outros benefícios, a cura de doenças outrora malignas. Hoje, vemos a morte doando vidas, quando a vida quase se extingue em compasso de espera.

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Por outro lado, ainda temos a fome que consome milhões de vidas em nosso planeta. Ainda identificamos aqueles que segregam pela cor, pela opção sexual e pela condição social. Ainda nos defrontamos com aqueles que veem na mulher uma condição inferior. Ainda há países e culturas em que as mulheres sofrem preconceitos diversos e nem sequer podem mostrar seu rosto. Desnudando a pequenez do ser humano, ainda temos as guerras, as armas poderosas que aniquilam vidas, que intoxicam, que destroem.

Em nosso querido Brasil de terras férteis, com tantas riquezas, de peculiaridades curiosas, de beleza invulgar e de um povo, que guarda tanta esperança, ainda encontramos a morte quase banal e muito cruel. Ela mesmo a nos vencer na falta de recursos, nas doenças causadas pelo esgoto que corre a céu aberto e pela picada do inseto, na virose que vence nossas fronteiras, nas balas que parecem perdidas, com a educação do povo adormecida nas consciências anestesiadas de muitos de nossos governantes.

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Mas eis que a mulher da área de saúde (aqui incluo não só as médicas, mas todas aquelas que trabalham nesse universo), preparada no ninho doméstico, no aprendizado da vida e nos bancos universitários, vem dar sua contribuição ao mundo. Contribui com o seu conhecimento, seu talento, sua sensibilidade e seu bom exemplo. Dá à luz, administra seu lar, forma cidadãos e constrói nações. Com a chancela divina, desdobra-se nessas múltiplas funções, sem olvidar seus compromissos com a maternidade sublime, zelando pela família, nessa escola primeira da vida chamada lar. É essa mesma mulher que com determinação direciona o trabalho com competência, capricho e dedicação, que é capaz de fazer um diagnóstico incomum, de usar o bisturi com precisão ou, simplesmente, e não menos importante, de abraçar com compaixão.

A todas essas mulheres desse universo de tantas lutas, de lágrimas e sorrisos, as quais não desanimam diante desse arsenal de cobranças de sucesso, de beleza, da magreza; a todas que desempenham seu papel com responsabilidade com o criador; que batalham, incansáveis, lutando pela saúde nos postos de assistência, nos consultórios e nos hospitais; que sabem ser diligentes em situações complicadas e doces, abordando a tristeza; a todas vocês que, em resumo, perfilam nas estradas do bem , rendo minhas mais sinceras homenagens, rogando a Deus que lhes cubra sempre de bênçãos!
(Denise Drumond é ginecologista e leitora convidada)

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JF Por Aí…

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