Delegada Sheila Oliveira
Eleita vereadora com 9.921 votos, a delegada Sheila Oliveira, que dia 17 assume a Delegacia de Mulheres, afirma que é “muito ativa, ligada no 220”. Também não é para menos: além das funções policiais, é mãe de quatro filhos: José (9 anos) e os trigêmeos Marcos, Moisés e André (7 anos).
Paulista de Presidente Prudente e casada com o juiz Elias Oliveira, ela afirma que após o concurso para delegada de Polícia de Minas, escolheu Juiz de Fora “por ser uma cidade encantadora, muito bem localizada e com um clima muito agradável.”
Com uma rotina que começa às 5h30 (às 6 já está na academia), ela diz que não é difícil conciliar a carreira com a maternidade. “Às vezes o meu trabalho foge da rotina, como em casos de operações de madrugada ou um flagrante que passa do horário e, nesses casos, meus familiares dão suporte. Nos finais de semana e feriados, fico em casa curtindo a família, vamos à igreja aos domingos e, às vezes, fazemos pequenas viagens juntos.”
– Como foi o interesse pela carreira policial?
– Foi quando o meu marido começou a exercer a profissão de juiz. Eu achava o máximo e estava iniciando o curso de direito.
– A PC ainda é um tabu para as mulheres?
– As mulheres estão mais corajosas e não encaram mais a PC como um tabu, tanto que no último concurso para investigador, o número de homens e mulheres aprovados era igualitário. Porém, no momento de encarar o trabalho na rua, uma grande parte ainda recua e prefere as funções administrativas.
– E entrar para a política?
– Encarei entrar para a política como uma necessidade para a instituição da qual faço parte. Somos muito carentes de representatividades e quem não tem voz não é ouvido.
– Você pretende conciliar as duas atividades?
– Sim, pretendo. Mas não sei como será na prática, vou me esforçar para fazer o melhor possível.
– De imediato, o que é preciso para cidade voltar a respirar um clima de segurança?
– Tudo que for feito em prol da segurança pública reflete em sensação de segurança para todos. Infelizmente, os problemas da segurança não podem ser resolvidos da noite para o dia. Precisamos de investimentos em projetos sociais para ajudar a conter os índices de criminalidade, mas também é inegável que precisamos atuar politicamente pela vinda de mais policiais para a cidade.
– Qual a importância e a que atribui o fato de ser a vereadora mais votada em Juiz de Fora?
– Acho que me dá legitimidade para defender meus projetos, porque não estou sozinha, represento quase dez mil pessoas, que depositaram confiança em mim e no meu trabalho. Eu atribuo essa expressiva votação a vários fatores. O primeiro deles é que reuni boas pessoas em torno de boas ideias. Outro fator é que eu sempre trabalhei muito. Durante o período de campanha que fiquei licenciada, ou seja, 180 dias, trabalhei de manhã, tarde e a noite, incessantemente. Fiz reuniões nos bairros, andei nas ruas e realizei cerca de 180 palestras em escolas, empresas e igrejas, sempre informando as pessoas pelas redes sociais minhas ações. A isso tudo, somou-se o fato de que a população em geral anseia por mudança, renovação e, principalmente, por segurança.
– Qual seu primeiro projeto na Câmara?
– Eu ainda não tenho certeza de qual será, mas penso em priorizar a criação do gabinete institucional das forças de segurança.
– A rotina na delegacia te agrada? Fora dela consegue se desligar do trabalho?
– Eu gosto muito, porque não tem rotina. Cada dia é um dia. Tudo depende do que irá acontecer. Nem sempre consigo me desligar totalmente do trabalho. Procuro fazer isso, mas às vezes acontecem situações muito pesadas, difíceis de esquecer.
– O que você acha da pena de morte?
– Eu penso que a vida de qualquer ser humano pertence a Deus e apenas ele tem o direito de tirar a vida das pessoas. Além disso, nosso país não é sério e maduro o suficiente para adotar pena de morte.
– Quais são seus heróis na vida real?
– A minha heroína é a minha mãe, mulher lutadora, de garra, sempre pronta a ajudar. E o meu herói é o meu marido, exemplo de amor e dedicação à família e ao trabalho.
– O que aprendeu com seus pais e ensina aos seus filhos?
– Aprendi muitas coisas boas e procuro ensinar aos meus filhos, principalmente, respeitar as pessoas mais idosas, os professores, dormir e acordar cedo, nunca deixar para amanhã o que se pode fazer hoje, comer apenas sentados à mesa, que tem hora pra tudo, dentre outras coisas.
– Do que você tem orgulho?
– Tenho muito orgulho dos meus filhos e da minha profissão.
– Tem medo de críticas?
– Não. As críticas construtivas eu aceito muito bem, as destrutivas obviamente que me incomodam, mas não me abalam. Eu entrego nas mãos de Deus, ele é tudo pra mim.
– Gosta de esportes? Qual seu ‘hobby’?
– Gosto muito, principalmente, das lutas. Incentivo meus filhos. Acho que o esporte ocupa a mente das pessoas, em especial das crianças e adolescentes, resultando em disciplina e boas energias. Na verdade, não tenho muito tempo para ‘hobbies’, mas como a maioria das mulheres, adoro quando tenho um tempinho para olhar vitrines e andar à toa. Também gosto de ir ao salão de beleza e ficar conversando sobre assuntos diversos.
– Como é a JF de seus sonhos?
– É uma cidade mais segura, com maior oferta de emprego e melhor atendimento nos hospitais e postos de saúde.
PING PONG
– Ídolo político: Hillary Clinton
– Mulher inteligente: Gisele Bündchen
– Religião: evangélica
– Sonho: que nosso país entre nos eixos!
– Signo: Libra
– Momento pessoal: nascimento dos meus filhos
– Momento profissional: posse como a primeira delegada regional de Juiz de Fora
– Look básico para o dia-a-dia: calça jeans, blusa de malha e sapatilha
– Como se produz para uma festa: escova no cabelo, maquiagem, sempre mais básica, vestido e salto
– Adoro comprar… bolsas e sapatos
– Perfume: Chanel Coco
– Estilo musical: eclético, depende do momento
– Viagem inesquecível: Natal, quando fomos comemorar minha formatura na Acadepol/MG
– Prato preferido: arroz, feijão, bife e batatas fritas
– Sobremesa: pudim de leite
– Vaidade: cremes
– Sua virtude favorita: otimismo
– Livro essencial: Bíblia sagrada
– Frase: “Tudo posso naquele que me fortalece.”