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Novos futuros!

Pitico Fernando Priamo
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Essa é a última coluna do ano. No período de 2019 até hoje, foram produzidas 172 edições ao longo de 4 anos. Oportunidade riquíssima para sensibilizar as leitoras e os leitores sobre como vivem as pessoas idosas em nossa JF. O que a cidade oferece. Quais são os principais desafios e pedras no caminho na conquista de um envelhecimento ativo e saudável. Quem se importa publicamente com esse segmento social?

Na expectativa de desenvolver uma pequena avaliação sobre o alcance ou o sobre o impacto da leitura da Coluna no dia a dia da comunidade, percebo que está valendo à pena ter esse canal de comunicação com a cidade. Considerando que eu não disponho de instrumentos científicos para medir se a coluna é muito lida ou não; eu posso afirmar, no entanto, até com um certo orgulho e muita satisfação, que recebo comentários espontâneos de alguns leitores e leitoras que acompanham religiosamente, todos os domingos, a página da coluna na Tribuna. Para a minha alegria, já vivenciei esse momento de olho no olho com os leitores da coluna. No elevador, subindo para um laboratório de análises clínicas. Outra vez, num supermercado, enquanto escolhia legumes para levar para a casa.

Há uma angústia no exercício dessa comunicação, potencializada muito mais pela insegurança sobre o que mais escrever, do que propriamente, tratar-se de um cansaço físico. Tanto aqui nas linhas da coluna como na minha vida profissional, entrego esforço e suor na luta pela sensibilização da cidade para o seu envolvimento com a população idosa. Essa é a minha militância! E eu não vou parar, entra ano, saio ano, a luta continua. Sonho com uma cidade generosa com os seus idosos. Sofro com muitos deles abandonados ao deus-dará. Precisamos cuidar uns dos outros. A política pública não pode deixar ninguém de fora, tem que incluir todo mundo. Nosso principal desenvolvimento, nossa maior riqueza é o investimento na humanização do cuidado à todas as pessoas, principalmente, as que estão invisibilizadas pelo modelo social econômico.

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Nesse momento de fim de ano, começo de um outro, renasce em nós a vontade de mudar. A minha listinha de metas e de desejos para 2024 está pronta. Emagrecer de 10 a 15 quilos. Publicar um outro livro contendo as colunas dominicais publicadas por essa Tribuna. É preciso, essa experiência, me mostrou isso, produzir, continuamente, informações sobre o nosso processo de envelhecimento: sabemos muito pouco, muito pouco mesmo sobre nós mesmos, ainda mais, sobre o nosso amanhã. De minha parte, seguirei acreditando e lutando por dias melhores, por novos futuros. Minha forma de estar no mundo é sair dele deixando marcas e pegadas de propósitos e de sentidos na vida inscritos no engajamento social e coletivo no enfrentamento de todo tipo de etarismo que está muito presente no nosso cotidiano.

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Novos futuros significam promover a solidariedade intergeracional, o contato permanente de todas as gerações. A circulação do afeto e do amor desde a gestação até o ciclo da velhice. A longevidade não começa na idade madura, começa na sucessão de todos os nossos dias.

Caríssimo/as leitor/as que durante todas as semanas de 2023 me deram a honra de merecer a atenção de vocês: deixo aqui o registro público do meu agradecimento. Feliz ano novo! E até o dia 4 de fevereiro de 2024, quando esse colunista estará de volta. Um forte abraço cheio de gratidão.

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