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Os pets e as pessoas idosas!

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Começo essa coluna de hoje, a última do mês, já afirmando, de pronto, sobre a importância dos pets, dos nossos amados bichos, na vida de todos nós, talvez, mais ainda, e eu acredito que sim, na vida das pessoas idosas, na vida dos longevos. Ainda mais quando acabo de receber de um amigo uma matéria jornalística dando conta de que um terço dos idosos brasileiros relata sintomas depressivos e 16% sentem solidão. Fonte jornal Folha de São Pulo, edição do dia 22 de agosto de 2023, autoria de Fernanda Bassete. Essa constatação vem de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que concluiu também que a solidão foi mais associada ao sexo feminino, às sensações de má qualidade do sono e a uma autoavaliação ruim da saúde como um todo. Os resultados foram publicados na revista “Cadernos de Saúde Pública”.

Se as pessoas idosas (muitas delas) sentem-se sozinhas ou solitárias – conforme demonstrou esse estudo científico – a relação amorosa com os pets, animais de estimação, entre outros, com a prevalência de gatos e cachorros, esses seres especiais, pode, com certeza, afastar a presença de sintomas depressivos. Na triste realidade existente no nosso cotidiano, quando as pessoas idosas esperam receber mais de suas relações sociais e recebem bem menos das pessoas do que desejavam e até, de seus familiares, essa frustração afetiva-emocional traz para elas uma insatisfação muito grande e um vazio em si cheio de um sentimento enorme de solidão. E os pets podem representar e representam um alento e um sentido forte para a vida e para a saúde mental de muitas pessoas idosas, como também para a vida de outras pessoas ,independente da idade. Até porque eu penso que a solidão não é uma marca específica e própria das pessoas mais velhas. Solidão é diferente de isolamento social para qualquer época da vida da gente. Posso estar acompanhado e me sentir só, do mesmo modo, quando estou entre e com amigos. Necessariamente, sentir-se só, não tem nada a ver com a velhice. Acredito que o isolamento social, esse sim, atinge mais as pessoas idosas. Quando nossos contatos sociais, principalmente, nós, homens, notadamente, no período da aposentadoria, quando temos (se ficarmos parados) baixos níveis de atividades sociais ou de interlocuções com outras pessoas.

Ter um pet em casa para chamar de seu, comprovadamente, à luz da ciência, é um fator muito importante para a saúde e alegria das pessoas idosas, inclusive na atuação profissional terapêutica para a expressão de seus afetos e sentimentos agarrados lá detrás, em suas relações pessoais, com elas mesmas, com familiares e com outras pessoas.

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