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Meu pai está com Alzheimer: e agora?

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Pelo dia 21 de setembro, terça-feira dessa semana – Dia Internacional da Doença de Alzheimer – penso que vale a pena – escrever um pouco e nunca é demais – promover uma reflexão sobre alguns aspectos dessa patologia que representa um capítulo especial no campo da Geriatria e da Gerontologia. E te convido, caro leitor e leitora, a me acompanhar nas próximas linhas. A doença leva esse nome em homenagem, reconhecimento ao trabalho pioneiro do médico alemão ALOIS ALZHEIMER, o primeiro a descrever a doença em 1906.

Numa pesquisa rápida ao Google, temos que “ele estudou e publicou o caso da sua paciente Auguste Deter, uma mulher saudável que, aos 51 anos, desenvolveu um quadro de perda progressiva de memória, desorientação, distúrbio de linguagem – com dificuldade para compreender e se expressar- tornando-se incapaz de cuidar de si.” Por esse registro, tem-se a manifestação da doença, nesse caso, muito cedo. O que não é tão comum assim. De imediato, lembro-me da personagem do filme (fica aqui a dica) “Para sempre Alice”, que apresenta essa realidade. Ela, Alice, no filme, não tinha 60 anos de idade.

Com isso, pela vivência na área e também ancorado na literatura, posso afirmar que essa doença acomete mais as pessoas idosas, digamos assim; que está mais inserida no nosso envelhecimento, na passagem do tempo em nós. Como preveni-la? Vou responder num contexto mais geral, por entender, que as indicações que vou apresentar, sirvam para a conquista de um envelhecimento ativo e saudável, e consequentemente, podem nos proteger da Doença de Alzheimer. Vejamos.

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Conforme referências científicas de pesquisadores e profissionais renomado/as na literatura específica, de um modo geral, ele/as oferecem “pistas” que não saem muito das seguintes orientações. 1) Cuidar da saúde. Aqui vale, não só para a atenção à saúde do corpo com a prática regular de atividades físicas (procure descobrir a de sua preferência e se dedique a ela) com disciplina, prazer e regularidade. Como também para o cuidado de sua saúde mental. Mente sã, corpo são. O que estudamos quando crianças, precisamos revigorar durante toda a nossa vida. 2) Invista em fazer novas amizades e contatos com as pessoas. A pandemia vai passar e com as devidas e necessárias precauções sanitárias, expanda seus horizontes de possibilidades de falar, conversar, ouvir, ler. Aguçar todos os nossos sentidos. Olfato. Paladar. Visão. Audição. E o tato.

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Não há cura para a Doença de Alzheimer. Realidade que não deve nos paralisar. Precisamos ter políticas públicas de cuidados às Pessoas Idosas em nossa cidade. É fundamental ter apoio governamental e público para o enfrentamento dessa situação tão presente em nossos lares. E será cada vez mais comum. Temos poucas respostas, principalmente, no setor público, para oferecer às famílias. Penso que ter direito à informação é um ponto muito importante para o/a Cuidador/a de Pessoas Idosas na aquisição de conhecimentos científicos para sua qualificação. Não basta ter “jeito”, paciência e amor: cuidar de uma Pessoa Idosa não pode ser um “bico”, um exercício de quem deseja apenas aumentar sua renda. É fundamental ter formação científica, através de participação em cursos regulares para Cuidadores de Pessoas Idosas.

Além da informação garantida para o cuidado, penso também que é fundamental cada vez mais o envolvimento do poder público na atenção à saúde das Pessoa Idosas mais dependentes, como as que tem o diagnóstico da Doença de Alzheimer, pauta dessa crônica, que é um dos tipos de demência, entre outras. Juiz de Fora precisa avançar para deixar esse vazio assistencial na saúde pública municipal para responder à seguinte questão: quem vai cuidar das Pessoas Idosas dependentes?

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