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Sedentarismo e envelhecimento

Pitico Fernando Priamo
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Das muitas informações e conteúdos que tenho acumulado ao longo de mais de três décadas de aprendizagem profissional no campo da Geriatria e da Gerontologia uma pauta é recorrente e está fixa nessa minha caminhada: a importância do exercício físico para o nosso bem-estar de saúde em qualquer idade, mas, no envelhecimento, ela tem sido recorrente e insistentemente apresentado pelos especialistas da literatura.

Vem de longe, vem de muito tempo, que escuto em palestras de congressos científicos que participo que a prática de exercícios físicos é muito importante para a conquista de um envelhecimento ativo e saudável. Antes eu só ouvia e ficava com essa matéria. Parado, sem me mexer. Agora na terceira idade, com os meus 63 anos, próximo de fazer 64, daqui a duas semanas, faço regularmente, ou melhor, pratico, religiosamente, pelo menos três vezes na semana, treinos de musculação, aeróbica e força.

Penso que aqui cabe apresentar uma observação, caros leitores e leitoras, sobre o entendimento equivocado que muita gente tem (eu já tive) e até mesmo, ser uma confusão muito comum entre nós. O que é atividade física e o que é exercício físico? Não sou nenhum expert no assunto, mas já me fizeram essa explicação. Atividade física é qualquer movimento corporal que produz gasto energético acima do repouso, como caminhar, limpar a casa, subir 45 degraus de escada, como faço todos os dias. Por outro lado, o exercício físico é uma forma específica de atividade física, planejada, estruturada e repetitiva com o propósito de melhorar ou manter as capacidades físicas, como resistência, força, flexibilidade e equilíbrio.

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Não é isso mesmo caro amigo e professor, Luizir Alberto de Souza Lima, da Academia Arkadyas? Ambos, a atividade física e o exercício físico trazem inúmeros benefícios para a saúde. Encontro-me no envelhecimento e estou fazendo em mim muito do que falo para as pessoas idosas. Não somente no cuidado com o corpo e com a mente, mas, também, no exercício do meu autocuidado em tantas outras áreas da vida. Na parte das relações sociais e familiares, na parte financeira e na parte espiritual. Como desativar na vida o modo sedentário de ser?

Penso que tomar consciência para a mudança de hábito é um primeiro passo para a gente mudar. Mas não é só tomar consciência. É tomar consciência e mudar comportamento, para valer. É preciso selar um compacto firme com você mesmo para ter coragem, disciplina e regularidade. Eu faço atividade física como se fosse tomar remédio. Depois de ter tanta comunicação sobre o que a prática regular do exercício físico é capaz de contribuir para um bom envelhecimento não dá mais para me comportar do mesmo jeito que antes: permanecer sedentário!

Quando eu tive acesso à fala de um expert nessa matéria, de que a demência e o estado depressivo podem ser minimizados ou até mesmo evitados com a rotina regular da prática de exercícios físicos, aí foi, que eu, literalmente, corri para a academia. Percebo que mais gente, assim, como eu, da mesma idade ou com a idade superior a minha, tem lotado as academias de educação física na busca de construir um envelhecimento autônomo e independente. Pela minha experiência pessoal, compartilho com vocês, caros leitores e leitoras, que o meu ganho é muito mais do que ter números menores na régua de minha composição corporal – o que é desejável e faz parte do meu objetivo – mas, o que mais amplio em mim, é o exercício do convívio de novas relações sociais e emocionais, com a amplitude de novas amizades, de novos assuntos e de outras prosas.

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