Eu dou muito valor às professoras e professores que tive, que contribuíram muito para a minha vida pessoal e profissional. Desde o jardim de infância até os bancos universitários. Demonstro esse valor inclusive publicamente, quando o acaso possibilita algum tipo de encontro: na fila do supermercado, na rua mesmo, tipo, no Calçadão e em outros lugares que compartilhamos ao mesmo tempo. Lembro o nome dela ou dele e os agradeço. Como é bom e gostoso fazer isso: demonstrar minha gratidão. Foram e são muito importantes para a minha trajetória existencial.
Sou filho de escola pública, estudei no jardim de infância em Porciúncula (RJ), na Escola Orlinda Veiga. Aqui em Juiz de Fora, estudei no Grupo Escolar Professor Quesnel, no Bairro Fábrica. Depois, no Estadual Sebastião Patrus de Souza, em Santa Terezinha. Na UFJF, cursei Serviço Social, um dos melhores do país. Tudo público. Daí meu compromisso ético e político com e pela educação pública. Seria impossível nominar nesse espaço todas as professoras e professores que me ensinaram além do bê-á-bá nessa trajetória toda.
Mas, pelo momento atual em que me encontro, que é o do meu histórico de trabalho social com parcela da população idosa da cidade, é justo e merecido que eu levante uma singela homenagem de reconhecimento e grandeza à memória da professora Zeneida Theresinha Delgado. Colega assistente social, professora e diretora da Faculdade de Serviço Social, pioneira no campo de atuação gerontológica, que nos anos 80 encontrava-se diretora do Núcleo Regional da LBA – Legião Brasileira de Assistência – responsável, entre outros programas sociais, pelo das pessoas idosas, em convênio com a Prefeitura local.
Nesse período, eu atuava no Centro de Saúde do Bairro Esplanada e coordenava um grupo de idosos com diversas atividades. As articulações, as conversas de idas e vindas com o Governo municipal avançavam favoravelmente para a implementação (já tínhamos os outros “Prós” instalados) de um programa institucionalizado, o Pró-Idoso, para o atendimento às pessoas idosas.
Lá se vão 35 anos. No fim de tarde, do dia 17 de junho de 1988, o prefeito Tarcísio Delgado criou o Pró-Idoso pela Amac. Logo após foi servido um gostoso chocolate quente. O prefeito Tarcísio, o Zaguinha e a Zeneida são os responsáveis pela transformação na vida de muitas pessoas idosas que não tinham para onde ir e muito menos com quem conversar. E eles confiaram a mim a tarefa de conduzir, de coordenar o Pró-Idoso. Graças a Deus, deu muito certo. Faço parte de uma história que tem muita gente boa envolvida, que, ao meu lado, contribuíram para fazer da rotina de alguns idosos dias alegres e encontros felizes. Mas há muito o que fazer pela frente!
Para encerrar essa Coluna dedicada à Zeneida, registro que hoje é o Dia do/a Professor/a. E, coincidência ou não, é dia do aniversário dela.
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