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O Programa Pró-Idoso da Associação Municipal de Apoio Comunitário (Amac), hoje, denominado oficialmente Centro de Convivência do Idoso Dona Itália Franco, foi criado no dia 17 de junho de 1988, na Administração municipal do ex-prefeito Tarcísio Delgado. Portanto, no mês passado, completou 32 anos de vida na cidade.

Na minha opinião, representa um marco histórico para a nossa população idosa e para a população de toda a cidade. Investindo na pessoa idosa melhoramos a vida de todo mundo. Nesse tempo, tive a honra de ser convidado para, junto de muitos colegas, assumir todo o trabalho inicial de funcionamento desse importante programa social.

Desde já deixo aqui registrada a minha gratidão a todos e todas que fizeram e fazem parte da minha trajetória. Com medo e com insegurança, colocamos o programa em pé. Eterna gratidão a muita gente que ajudou nessa construção. A começar pelo ex-prefeito Tarcísio Delgado e a inesquecível amiga, uma das pioneiras no trabalho social com as pessoas idosas na cidade, assistente social Zeneida Theresinha Delgado.
Estruturada a equipe para gerir o dia a dia desse programa, precisávamos de referências de outros trabalhos na área. Cadê? Não tínhamos. Estávamos no final dos anos 80. Essa questão de atenção pública ao idoso, que não é o forte do país, estava engatinhando nos municípios. Daí, mais uma vez, constata-se o pioneirismo da cidade com a criação do Pró-Idoso. E a visão de longo alcance, de futuro, do nosso prefeito à época.

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Para a fundamentação teórica-metodológica e a implicação do caráter científico no nosso planejamento para a gestão desse trabalho, tivemos o expediente de escrever cartas – cartas mesmo, não existia internet – para as instituições que, nesse período, tinham alguma linha de ação com as pessoas idosas. Cidades, universidades, o Sesc. De dez correspondências emitidas, três delas davam respostas. Foi assim que conhecemos o belíssimo trabalho realizado pelo Sesc do estado de São Paulo. Foi assim que conhecemos o trabalho da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Com essas capacitações e intercâmbios profissionais, nosso trabalho ganhava corpo e estrutura profissional. E descobrimos que para garantir um futuro que não se encerrasse no próximo mandato de um outro prefeito, era preciso mostrar serviço. E fomos à luta.

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Para a sedimentação do Pró-Idoso na cidade foi fundamental a credibilidade que a imprensa local entregou ao nosso trabalho. O que também me enche o peito de gratidão foi a cobertura dos meios de comunicação na agenda de execução de nossas atividades com as pessoas idosas. O reconhecimento veio, graças a Deus. E, principalmente, pela confiança dos idosos e de seus familiares nos funcionários que estavam no programa. A instabilidade profissional, entre outros fantasmas, de saber se o Pró-Idoso ia continuar ou não, própria da gestão pública, passou. E a cada Administração municipal que entrava, nosso trabalho tinha reconhecimento público. Assim foram com os mais de 30 anos de trabalho na cidade.

Precisamos avançar. A história não acabou. Vamos resistir o quanto for possível para não retrocedermos na meta de alcançar um número cada vez maior de idosos em suas diferentes configurações sociais-econômicas e de saúde. Minha caminhada profissional como assistente social no serviço público municipal chega ao fim nos próximos meses. Vou continuar no trabalho social com o público idoso da cidade. De outras formas, com outras possibilidades e estratégias. Minha expectativa é a de socializar toda a experiência e conhecimento adquiridos ao longo dessa importante jornada que a PJF, a cidade e as próprias pessoas idosas me proporcionaram. Desejo compartilhar tudo aquilo que eu recebi nesses anos do exercício de minha função pública no campo da assistência social e da saúde pública direcionada aos idosos.

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Como projeto de vida para a minha aposentadoria, começo uma nova aprendizagem de trabalho: presença digital! Entrar no mundo virtual com as ferramentas disponíveis. O objetivo não é outro, se não, permanecer na busca da sensibilização de um número maior de pessoas e autoridades para a realidade do nosso envelhecimento. O dos outros e o nosso. É o que faço aqui, na sua honrosa companhia, caro leitor e leitora, nessa coluna de toda sexta-feira. E também na Rádio CBN/JF- 91.3 FM, com a Coluna Melhor Idade, que vai ao ar toda quinta-feira, às 9h50. Participem do Blog Pitico e Prosa e do meu canal no Youtube – Piticoanisio. Nossa prosa continua. Muito obrigado!

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