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Pessoas idosas e as mortes no trânsito

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Na semana passada o noticiário local registrou mais de um acidente no trânsito envolvendo pessoas idosas. São atropelamentos, que na maioria dos casos, levam à morte. Tem sido recorrente. O que me leva a escrever sobre essa realidade, através dessa Coluna de hoje. E ter a sua colaboração e participação, caro leitor e leitora, na apresentação de alguma medida,alguma proposta para enfrentar essa situação. E que chegue ao conhecimento das nossas autoridades da área. Acredito que podemos, devemos e temos que fazer algo. Confesso que fica insuportável ler quase todos os dias ou assistir pela Tv, que mais uma pessoa idosa morreu atropelada na cidade. Temos que reagir contra essa situação para que ela não fique naturalizada, como sendo normal, que acontece no cotidiano de nossa cidade. Pelo lado da ciência, sabemos que com o envelhecimento, nossas habilidades e competências cognitivas sofrem alterações em sua arquitetura orgânica. Os órgãos dos sentidos: visão, audição, paladar, olfato e tato tem respostas diferenciadas, se colocados com as idades mais novas. O que não significa doença. Significa que não só área do trânsito, mas em todo serviço público tem que se levar em consideração, a natureza de todos nós que envelhecemos. Com mais idade nossas reações, movimentos e percepções mudam de capacidade. Essa fisiologia faz parte do processo do envelhecimento. Não tem como mudar. O que temos que mudar, o que não pode continuar é essa quantidade de mortes de pessoas idosas que está acontecendo nos últimos dias em nossa cidade. As condições de vida das pessoas idosas e de outras pessoas com especificidades próprias, como as pessoas com algum tipo de deficiência devem fazer parte das ações públicas a serem desenvolvidas. Vale à pena, trazer aqui a opinião do mestre em engenharia de transportes e observador certificado do Observatório Nacional de Segurança Viária José Luiz Britto, ouvido pela repórter Leticya Bernadete na matéria da Tribuna publicada no dia 29/06/23 sobre matéria de capa – Atropelamentos de pessoas idosas preocupa -. Diz o especialista: “é preciso que haja uma redução de velocidade, conscientização da população e dos condutores, principalmente, educação para o trânsito para que respeitem as velocidades e os pedestres, de um modo geral”. Sugiro também, além dessas importantes indicações do especialista, que na medida do possível, os familiares das pessoas idosas estejam com elas, as acompanhem na dinâmica de seus compromissos no centro da cidade. Oferecem companhia e proteção.

É preciso reconhecer o bom trabalho que a Secretaria de Mobilidade Urbana desenvolve nessa área junto à Comissão Municipal de Segurança e Educação no Trânsito (Comset), que tem a participação do Centro de Convivência do Idoso, gerido pela Amac com a interveniência da Secretaria de Assistência Social, com a realização de campanhas educativas sistemáticas através do “maio amarelo”. Mas, é preciso avançar. Adequação de todas as calçadas para evitar episódios de quedas, que aparentemente, aos olhos dos mais novos, pode parecer uma coisinha à toa, mas, não é. Pode levar e leva mesmo à morte. O trânsito de motocicletas e de bicicletas também precisa de mais educação. Conheço gente idosa que foi atropelada por um ciclista na calçada de uma rua.

Em linhas gerais, eu penso que é fundamental, que é muito importante que toda e qualquer política pública que seja direcionada para as pessoas idosas ou para qualquer outro segmento social tem que ter a participação desses atores envolvidos, desde o início do processo. Nada sobre nós, sem nós.

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Fale com o Pitico: jaspitico@yahoo.com.br – (32) 98828-6941

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