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Vamos em frente!

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O mês de janeiro já saiu do calendário. Trata-se de um mês cobiçado por muitas pessoas, por causa das férias. E para ser esquecido por tantos outros, por conta das chuvas que trouxeram tragédias para milhares de famílias, inclusive na minha terra natal, Porciúncula. De lá, sai Pitico aos 7 anos. Com meu pai, minha mãe e o meu irmão.

Mudança feita no caminhão do seu Jair Madureira. Deixei para trás parte da infância, os afetos de família, a convivência com os primos, os doces do seu Irênio. “Os meninos precisam estudar, traz a sua família prá cá”. São vozes que não me saem da memória, ditas ao meu pai pelo seu Lair Ferreira, gerente da empresa, onde ele trabalhava aqui em JF. Dito e feito. Na teimosia própria do meu pai e contrariando minha mãe, que derramou um rio de lágrimas, partimos em busca de futuro.

A educação nos salvou. O que me faz ter uma profunda gratidão à Juiz de Fora. Aos meus professores e professoras, desde o ensino básico, primário ao superior, universitário. Levei muito a sério o mantra que a minha mãe me passou, quando criança: – o estudo é a luz da vida!

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O que seria de mim se não fosse a educação pública que recebi da sociedade? Graças à Deus, tracei, com a ajuda dos meus pais e de muita gente, uma trajetória vitoriosa. Da Escola Estadual Professor Quesnel, no Bairro Fábrica, onde morei; até a UFJF, onde me graduei em Serviço Social. Não tenho grandes reservas financeiras. Fiz a leitura crítica do mundo. O de fora e o de dentro. O menino que vendeu Ki-suco na porta de sua casa, na beira da estrada, para os trabalhadores da roça, hoje, fala com o mundo e mostra a pessoa em que se tornou. Interessante observar e comentar aqui, que quanto mais eu vou para frente, mais eu me reaproximo e reaqueço as minhas origens de vida.

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Viemos para a cidade grande, o ano era o de 1968. Voltando a esse tempo, lembro claramente que o Rio Carangola corria lentamente no Centro da cidade, debaixo do calor forte do noroeste fluminense. Onde a Alzirinha vendia picolé do seu Ivo numa caixa branca de isopor. Eu gostava muito do picolé de coco. Que tinha coco mesmo. Os pedaços do coco ralado, sobravam para os lados do picolé. Os meninos da minha turma desciam o rio em boias grandes de pneus de caminhão. Eu ficava só olhando, viajando com eles, só na cabeça, sem sair do lugar. Mas por outro lado, as lembranças que o rio me dá são impagáveis dentro de mim, mesmo com a maior das enchentes, como a que ocorreu há poucos dias em Porciúncula.

Sinto uma lembrança doce que está na minha alma: a de ter a presença do meu pai. Na pescaria e no futebol. Como era bom ter o meu pai por perto! Janeiro. Férias. Chuvas. Retorno dos campeonatos estaduais de futebol brasileiro. O mercado da bola me leva a crer (sem paixão) que o Flamengo terá um ano de muitos títulos.

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Oba! Entramos em fevereiro, carnaval. Só para lembrar, prezados leitores, diferentemente do ano passado, esse ano, o Boco Recordar é Viver sai às ruas. Dia 20 próximo, com concentração às 16h, no Parque Halfeld. Você está super convidado/a. Não fique de fora dessa folia. Participe da programação do carnaval dos blocos da cidade. São muitos. Vai bombar!

Se o mês de fevereiro é o mês da alegria, adianto aqui, que no início de março, teremos um grande evento temático, científico, na área do envelhecimento. Estou me referindo à realização do I Simpósio de Geriatria e Gerontologia da Zona da Mata Mineira. Nos dias 2 e 3 de março. No anfiteatro da Faculdade Suprema. Na promoção louvável e corajosa da Liga Acadêmica de Geriatria e Gerontologia, mais professores envolvidos na temática. Entre outras pautas, constam da programação conteúdos sobre a importância da geriatria, como especialidade médica – seu médico é geriatra mesmo? -; prevenção de quedas em pessoas idosas; finitude e espiritualidade; sexualidade da pessoa idosa e síndromes demenciais. Outras informações, fazer contato com a faculdade mencionada acima. Vamos em frente!

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