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A cidadania não acaba aos 70

Pitico Fernando Priamo
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Com o aumento real da nossa expectativa de vida, muitos dos serviços e expedientes existentes na sociedade precisam ser adequados a essa grande novidade do século XXI: o envelhecimento da população. Uma conquista e tanto desejada há muito tempo por todos nós. Um exemplo dessa alteração – as frações etárias nos eventos esportivos – como as corridas de rua, não sei se aqui na cidade já tem, mas é preciso abrir uma faixa de idade dos 80+.

Outro exemplo muito importante que me ocorre agora, e que estamos no dia dele acontecer, é em relação ao voto facultativo das pessoas que tem 70 anos e mais nas eleições municipais que acontecem hoje em todo o país. Penso que todas as pessoas nessa idade deveriam votar. É o que eu, desejo te sugerir, se eu pudesse te convencer, caro leitor e leitora, que você se anime, ainda dá tempo, e dirija-se para a sua seção eleitoral.

Sua participação é muito importante para o fortalecimento da democracia e para uma maior representação nesse pleito eleitoral que acontece hoje. Ao longo das últimas semanas, desculpe a você, se te cansei com essa toada, que de propósito, repeti algumas vezes: a importância do seu voto, o estímulo para que você eleitor/a dos 60+ não deixasse de votar, esse dia chegou, é hoje! Que cidade você deseja para o seu envelhecimento? Que contribuição você pode oferecer para a cidade na sua condição de ser uma pessoa idosa?

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Vamos fazer de JF uma cidade para todas as idades. Uma cidade amiga das pessoas idosas. Precisamos evoluir nessa direção. Se teremos mais vida pela frente diante da realidade do aumento do nosso tempo é fundamental que a gente participe cada vez mais do dia a dia de nossa comunidade e do cotidiano de nossa cidade. E é pela via da política, da participação política, institucionalizada ou não, que vamos fazendo as nossas escolhas, inclusive, concordando ou não, com o tipo de modelo de cidade que os candidatos e candidatas a prefeito/a apresentaram para nós em suas propagandas eleitorais. E essa escolha você começa fazendo hoje, e deve retornar no último domingo do mês, havendo um segundo turno.

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Sabe por que eu acredito na força política do eleitorado grisalho? Porque são muitas pessoas. Extraoficialmente, sendo repetitivo, eu escrevo aqui, são mais de 100 mil pessoas em JF com a idade de 60 anos e mais. E por que esse contingente de eleitores e eleitoras é desprezado pelo/as candidato/as? Cegueira política? Etarismo? Pode ser que você ao ler essas linhas, mentalmente, venha me questionar: por que você não sai candidato? Fazer política profissionalmente – como carreira – passo para outras pessoas.

Faço política na defesa da vida (independente da idade). E ter mais idade, não deve subtrair de nós o desejo de querer mais, de ser mais, de participar mais. E nesse domingo de eleição queira mais: saia de casa para votar. Além de ser um ato político, de civilidade, provoca novas conversas e novos conhecimentos de pessoas ao longo do trajeto de casa para a seção eleitoral.

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A cidadania não acaba aos 70. Vamos viver muito mais do que 70! Com essa perspectiva etária de que alcançamos a longevidade é que comecei a Coluna. Fica a reflexão. A sociedade precisa ser reestruturada. Deve ser reorganizada diante do aumento do nosso tempo de vida. E as pessoas idosas podem desenhar novos futuro sem que se encaixem seus sonhos e metas. Não será por falta de tempo que eles não acontecerão.

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