Anemia, o que é, sintomas e como tratar?

Por Alice Amaral

A anemia é um problema que atinge cerca de 30% da população mundial. É uma deficiência nos níveis de hemoglobina – proteína que transporta o oxigênio pelo sangue e que aparece em consequência de uma doença ou carência de nutrientes – como ferro, Vitamina B12, ácido fólico, proteínas e existem vários tipos:

A por deficiência de ferro, chamada de anemia ferropriva, é a mais comum. Ela representa cerca de 90% das anemias.

Anemia perniciosa, causada pela deficiência de vitamina B12, em que o corpo não produz o fator intrínseco que é uma proteína que ajuda na absorção da Vitamina B12.

Anemia aplástica é uma condição rara que se desenvolve devido a danos na medula óssea causado por radioterapia, quimioterapia, exposição a produtos químicos, tóxicos ou infecção e o organismo não produz quantidade suficiente de hemácias, leucócitos e plaquetas.

Além dessas, existe a anemia hemolítica. Normalmente, os glóbulos vermelhos duram cerca de 120 dias. Nesse tipo de anemia eles são descartados antes do tempo e a medula óssea não consegue repor esses glóbulos vermelhos que estão sendo destruídos. Elas podem ser hereditárias, como a anemia falciforme e talassemia, ou adquiridas, sendo causadas por distúrbios autoimunes, medicamentos e reações de transfusão de sangue.

celulas sangue anemiaTemos também as anemias de doenças crônicas, no câncer, HIV, doenças renais ou hepáticas, doenças inflamatórias do intestino e reumáticas.

Os principais sintomas são cansaço, palidez da pele e das mucosas, diminuição do apetite (anorexia), mãos e pés frios, falta de ar, dores no peito, taquicardia (o coração fica mais acelerado), apatia, dificuldade de aprendizado e concentração; diminuição da força muscular e uma dificuldade para ganhar músculos, diminuição da imunidade, dor de cabeça, alteração no humor, as unhas ficam fracas, a pessoa fica com vontade de comer coisas estranhas como tijolo, terra, gelo e em crianças pode ocorrer um atraso no crescimento e no desenvolvimento motor.

O diagnóstico é por meio de sangue (hemograma completo, ferro, ferritina, vitamina B12, ácido fólico, entre outros), pesquisa de sangue oculto nas fezes e até uma endoscopia ou colonoscopia. Os principais grupos de riscos, além de pessoas que têm essa herança genética, são idosos, crianças, gestantes, mulheres com fluxo menstrual intenso, pessoas com verminose, vegetarianos, pacientes com dietas muito restritivas ou pobres em nutrientes; doenças digestivas, como doença de crohn, celíacos, paciente no pós-cirurgia bariátrica e no alcoolismo.

Além de tratar a patologia que está causando a anemia, o indicado é usar suplementos, com ferro, Vitamina B12, ácido fólico, dependendo do tipo de anemia e cuidar da dieta.

Fazer uso de alimentos ricos em ferro :
Carne vermelha;
Vegetais verdes escuros (espinafre e couve);
Leguminosas (lentinha, ervilha, grão de bico);
semente de abóbora e girassol;
Chocolate amargo;

Alimentos ricos em vitamina B12 (carne vermelha, fígado de boi, frango, sardinha, atum, ovos e salmão);

Alimentos ricos em ácido fólico (vegetais com folhas verdes escuros, brócolis, salsa; frutas cítricas; banana, abacate, quiabo e cereais integrais);

Lançar mão de alimentos ricos em Vitamina C para ajudar a otimizar a absorção de ferro, como acerola, pimentão amarelo, laranja, kiwi, mamão e caju.

Além disso, evitar o álcool e o consumo de alimentos ricos em cálcio junto com as refeições ricas em ferro, porque o cálcio ajuda a diminuir a absorção de ferro e evitar cafeína.

Alice Amaral

Alice Amaral

Médica - Título de Especialista em Nutrologia – RQE 9884 - Título de Especialista em Medicina do Esporte – RQE 9895 - Título de Medicina Física e Reabilitação - RQE 44090

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