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Vencedores de quê?

3miltoques Pixabay
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Manter a cabeça fora d ‘água o tempo todo tem exigido muito esforço, cada vez mais. A vida tem sido como um campeonato de natação, e quem tem menos força nos braços pode ficar fora do pódio. Mas será que, realmente, em todo o tempo, é preciso vencer? Fomos acostumados a estar sempre concorrendo uns com os outros: na família, pela atenção dos pais, por exemplo. Na escola, em função da nota mais alta; no trabalho, pelos cargos de mais poder e, consequentemente, mais bem pagos. Até nas nossas relações mais íntimas existem as picuinhas motivadas por competições, na maioria das vezes, insignificantes. 

À primeira vista, esse tipo de discurso pode soar como de alguém fadado ao fracasso. Mas não se trata disso. A reflexão aqui é sobre exigências, pressões do dia a dia e tudo o mais que nos coloca em uma eterna disputa desvairada. Vencer é nossa meta, como se isso fosse o único final possível e feliz. Porém, o perigo está justamente aí. Vivemos numa maratona em busca do primeiro lugar definitivo, uma corrida sem descanso, que, ao terminar, o prêmio pode ser repleto de mais frustrações do que satisfações.  

Daí, cabe a pergunta: o que é ser vencedor? A resposta, claro, é relativa. A questão aqui é pensar se vale tudo para ser um tipo de campeão idealizado e supervalorizado, como nos dias de hoje. E quem não estiver entre os primeiros colocados? Vai ser deixado de lado? Ignorado? Na prática, sabemos que o mundo não é feito de vencedores inventados e perfeitos. Pelo contrário, a vida real é composta de gente de verdade, que tem dias ruins, que perde batalhas, mas continua disposta a lutar. 

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O prêmio para cada um de nós pode ter um sentido diferente. Se não entendemos isso e nos deixamos levar pelas aparências, o descontentamento pode ser dado como certo. Se nos desgastamos muito com tanta competitividade, somos vencedores de quê? É preciso saber, realmente, quando estamos ganhando ou quando estamos perdendo. E mais importante ainda é entender que, às vezes, é preciso experimentar a derrota para sentir o gosto da vitória. 

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